Os partidos políticos serão monitorados durante as eleições pela plataforma "Carlota Presente", que pretende checar se as candidaturas de mulheres lançadas são legítimas e estão recebendo recursos do Fundo Eleitoral como determinado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Nas última eleições, foram registradas fraudes nas candidaturas femininas, já que os partidos são obrigados a reservar pelo menos 30% das vagas para as mulheres e para cumprir a exigência lançaram "candidatas fantasmas".
"É uma solução tecnológica contra o boicote às candidaturas femininas", disse uma das idealizadoras da plataforma, a advogada Paula Bernardelli.
O projeto venceu uma concorrência organizada pelo grupo Mulheres do Brasil e o site deve entrar em operação em, no máximo, dois meses. Para determinar se a candidatura é real e está recebendo apoio da legenda, o site vai checar dados públicos disponibilizados pelo TSE, como a prestação de contas das candidaturas, e as atividades de campanha das candidatas.
Quando encontrar candidaturas que não estão recebendo financiamento ou que não estão em campanha nas redes sociais ou na propaganda eleitoral, o site vai interagir com os partidos nas redes sociais e cobrar explicações. Com isso, esperam constranger as candidaturas fraudulentas.
"O aplicativo pode monitorar até 22 índices públicos. Acreditamos que estará no ar entre um e dois meses", disse Paula, que coordena o projeto junto com a advogada Evorah Cardoso e a cientista de dados Iris Ramirez.
O nome da plataforma foi escolhido em homenagem à Carlota Pereira de Queiroz, primeira deputada federal eleita no Brasil.
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