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Segurança tenta impedir que cliente pague almoço para criança

Segurança tenta impedir que cliente pague almoço para criança

Uma pessoa filmou a ação do segurança e o vídeo viralizou na web. O caso aconteceu em Salvador, na Bahia

Publicado em 13 de junho de 2018 às 20:00

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Segurança de shopping tentou impedir que jovem comprasse um prato de comida para uma criança. (Reprodução)

Um segurança de um shopping de Salvador, na Bahia, tentou impedir um homem, identificado como Kaique Sofredine, de comprar o almoço para uma criança na praça de alimentação do estabelecimento. O caso aconteceu nesta segunda (11) e o vídeo que flagrou a situação viralizou nas redes sociais.

No vídeo, publicado por Kaique em sua rede social, as imagens mostram um cliente se aproximando de um restaurante acompanhado da criança, que veste uma camisa de time e supostamente é moradora de rua. Ao chegarem no local, um segurança se aproxima e orienta que o funcionário do estabelecimento não venda o prato.

Por conta disso, o cliente mostra indignação com a abordagem do segurança e insiste: "Ele vai comer, ele vai comer", disse. No vídeo, é possível ver o segurança tentando tirar a criança à força da praça de alimentação. A situação gerou revolta nos clientes que estavam no local e acompanharam a situação. Também é possível ouvir uma senhora pedir, aos gritos: "Não faça isso não!".

"Estou muito revoltado com isso que aconteceu hoje (esta segunda-feira). Fui pagar um almoço pra uma criança e o segurança disse que ele não iria comer. Foi uma longa discussão até chamar o supervisor dele e por fim o supervisor deixar o menino comer no shopping", escreveu no post, em que o vídeo ultrapassou 8 milhões de visualizações.

Segundo o jornal Extra Online, no vídeo, também é possível ouvir o segurança dizendo que estava apenas "realizando seu trabalho". O cliente, que quis pagar o almoço do menino, impede que o segurança chegue perto da criança. A situação foi amenizada com a chegada de um supervisor de segurança do shopping, que permitiu que o cliente pagasse o alimento para o menino.

VEJA VÍDEO

Em nota, o Shopping informou que o funcionário foi afastado de atividades relacionadas a atendimento ao público. A decisão teria sido tomara após uma reunião nesta terça (12).

VEJA NOTA NA ÍNTEGRA

"O Shopping da Bahia vem a púbico, mais uma vez, pedir desculpas pelo ocorrido. Após uma reunião nesta terça-feira, o empreendimento decidiu pelo afastamento do profissional de atividades relacionadas a atendimento ao público. Mesmo não tendo nenhuma orientação do Shopping que suporte as ações tomadas pelo profissional, optamos por trabalhar a sua reabilitação. Além disse, ele foi advertido e segue para uma nova rodada de cursos e capacitações.

Reforçamos também que, neste momento, é necessário esclarecer diversos pontos que vem sendo abordados em torno do fato.

1 – Nossos seguranças recebem treinamentos periódicos, não apenas com conteúdo técnico, mas também conteúdo sobre o contexto social que vivemos. Em 2017, toda a equipe do empreendimento recebeu treinamento de autoridades nacionais em temas como racismo, diversidade e enfrentamento de temas de alta relevância para nossa operação. Entre os especialistas que estiveram com a nossa equipe, estão lideranças como o professor Hélio Santos, presidente do Instituto Brasileiro da Diversidade, e a vice-presidente do Fórum Nacional de Gestores LGBT, Bruna Lorrane.

2 – Não há e nem nunca houve nenhuma orientação para uma abordagem que fosse além de coibir ações de comércio informal e de pessoas (crianças e adultos) que tentam abordar clientes com pedidos de dinheiro, alimentos ou produtos. A decisão do cliente é soberana e tem que ser respeitada, sem nenhuma ação violenta ou que gere constrangimento. Atuamos em parceria diária com órgãos como Conselho Tutelar, Juizado de Menores, Instituto IRIS, Polícias Civil e Militar, e a orientação é sempre pelo cumprimento da lei e respeito aos direitos humanos;

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3 – O shopping repudia qualquer acusação de racismo institucional, e temos orgulho da nossa relação com o povo de Salvador, suas matrizes culturais, étnicas e sociais.Encerramos, pedindo mais uma vez, desculpas e lamentando o ocorrido. As desculpas são direcionadas a todos os que se sentirem tristes e ofendidos com o fato, mas especialmente aos envolvidos e suas famílias".

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