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'O médico fez a cabeça da minha mãe', diz filho de bancária morta

"O médico fez a cabeça da minha mãe", diz filho de bancária morta

Família e amigos acompanharam enterro de Lilian Calixto, atendida por Doutor Bumbum

Publicado em 18 de julho de 2018 às 15:35

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Lilian Calixto veio para o Rio, de acordo com a família, para procedimento estético. (Reprodução)

O corpo da bancária Lilian Calixto, de 46 anos, morta no último domingo após passar por um procedimento estético na cobertura do cirurgião plástico Denis Furtado, conhecido como "doutor Bumbum", na Barra, foi enterrado na manhã desta quarta-feira no Cemitério Parque Bom Jesus, em Cuiabá (MT). Cerca de 150 pessoas acompanharam a cerimônia.

Filho do primeiro relacionamento de Lilian, Victor Calixto Gasques, de 24 anos, disse que acredita que sua mãe não sabia que o procedimento estético que ela contratou seria feito no apartamento de Furtado. Ele lembra que uma amiga da sua mãe havia sido atendida pelo "doutor Bumbum" havia 15 dias, o que a fez confiar no cirurgião:

— Foi na hora que ela acabou descobrindo que (o procedimento) seria no apartamento do médico. Eu conheço minha mãe, sempre teve medo dessas coisas e era muito esclarecida. O problema é que uma amiga dela fez o mesmo procedimento há 15 dias não teve complicações. Então, ele (o médico), fez a cabeça dela. Ele disse que seria coisa simples, rápida e ela acreditou.

Segundo Victor, Lilian havia avisado apenas alguns amigos mais próximos sobre a viagem ao Rio. Ela tinha tido a ele que procurara o médico para colocar um chip para resolver questões hormonais relacionadas a intolerância à lactose. Inicialmente, Furtado havia combinado de atendê-la em Brasília, próximo de onde a bancária vivia.

— O procedimento seria em uma clínica de Brasília, mas o médico ligou pra ela e disse que não ia conseguir ir para lá e que era pra ela ir para o Rio e ela foi. Mas, ele vai pagar pelo que ele fez, pois perdi a coisa mais importante da minha vida. Olha como estamos, não queremos que isso aconteça com outras pessoas, ele não pode ficar impune e fazer mais vítimas.

Durante a cerimônia, amigos e parentes evitaram falar com a imprensa. Ela foi descrita como uma pessoa "de bem com a vida" e alegre:

— Ela era uma pessoa alegre, sempre disposta, educada, vai nos fazer falta, deixará saudades. Tá difícil acreditar que isso aconteceu, a dor é muito grande — disse uma mulher, que conhecia Lilian há 18 anos e pediu para não ser identificada.

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