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Temer escolhe advogado como novo ministro do Trabalho

Temer escolhe advogado como novo ministro do Trabalho

Cargo estava sendo ocupado interinamente por Eliseu Padilha

Publicado em 9 de julho de 2018 às 20:36

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O presidente Michel Temer preside a cerimônia de posse dos novos ministros, da Saúde, Gilberto Occhi; dos Transportes, Portos e Aviação Civil, Valter Casimiro Silveira, e do presidente da Caixa Econômica Federal, Nelson Antônio de Souza. (Antonio Cruz/Agência Brasil)

O presidente Michel Temer definiu que o novo ministro do Trabalho será o advogado Caio Luiz Almeida Vieira de Mello, que integra a equipe do escritório de Sergio Bermudes. O cargo estava sendo ocupado interinamente pelo ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, desde a semana passada.

Vieira de Mello foi vice-presidente Judicial do Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região, entre 2008 e 2009, e hoje é desembargador aposentado. A posse será nesta terça-feira (9) às 15h, de acordo a assessoria de imprensa do Palácio do Planalto.

A indicação não foi feita pelo PTB, que tinha o controle da pasta até quinta-feira (5), quando Helton Yomura pediu demissão, após ter sido afastado do cargo pelo ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF). Ele foi um dos alvos da terceira fase da Operação Registro Espúrio, que investiga fraudes na concessão de registros sindicais.

Auxiliares do presidente Michel Temer relataram que o nome do advogado foi uma "solução técnica" para a pasta, que o presidente vinha buscando diante das sucessivas denúncias envolvendo indicados pelo PTB lotados no ministério.

Temer e Vieira de Mello já se falaram nesta segunda, e, segundo relatos, o advogado já está acertando o afastamento do escritório de Sergio Bermudes, onde atua como consultor, para assumir o comando do Trabalho. Ele não pode, ao assumir um cargo público, continuar a advogar em um escritório privado.

Em carta entregue ao presidente Michel Temer, Yomura afirmou que tomou a decisão para impedir que o ministério ficasse "acéfalo". Ele disse que foi "surpreendido" pela operação. "Estou ciente de que jamais pratiquei e compactuei com qualquer ilicitude ou irregularidades nos cargos que ocupei no Ministério do Trabalho", escreveu.

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De acordo com a Polícia Federal, Yomura agia como "testa de ferro" dos interesses da deputada Cristiane Brasil (PTB-RJ) e de seu pai, o ex-deputado Roberto Jefferson. Cristiane Brasil foi impedida de assumir a pasta no início do ano, após a revelação de que fora processada por ex-funcionários na Justiça do Trabalho e que utilizava contas de uma outra funcionaria para realizar o pagamento de suas condenações.

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