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Estrutura de loja do século XIX que vendia escravos é encontrada

Estrutura de loja do século XIX que vendia escravos é encontrada

Descoberta aconteceu durante obras do VLT, no Centro do Rio de Janeiro

Publicado em 9 de agosto de 2018 às 12:43

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Escavação. Operários trabalham no trecho da Rua Miguel Couto onde foram achados os alicerces de antiga loja de venda de escravos e um poço do século XIX. (Divulgação)

O anúncio "Vende-se um lote de lindos moleques de 10 a 20 annos, pretas moças e officiaes de ofícios, vindos do norte no último vapor, juntos ou separados, são todos sadios e sem defeito: na rua dos Ourives, 221", publicado em 10 de janeiro de 1863, no Jornal do Commercio, é de uma casa de venda de escravos que funcionou no século XIX no Centro do Rio. E que pode ter sido descoberta agora durante as escavações que preparam terreno para as obras de implantação do último trecho do Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT).

Pesquisadores compararam endereços de anúncios para venda de escravos, publicados em 1863, com um mapa atual da região. Com isso, conseguiram encontrar o sítio arqueológico

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Arqueólogos contratados pelo Consórcio VLT para realizar sondagens na região da Avenida Marechal Floriano acreditam ter encontrado na atual Rua Miguel Couto não só os alicerces desta antiga loja, mas também um conjunto de poços e uma bola de ferro, semelhante àquelas colocadas nas pernas de escravos para evitar fugas. Uma outra descoberta no trecho da Rua Marechal Floriano por onde passará o VLT indicou a possível existência de um cemitério de pretos novos junto ao Largo de Santa Rita. Por conta disso, as obras do “bonde moderno” na região ficaram paradas cinco meses, aguardando liberação dos órgãos de proteção ao patrimônio.

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