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Joesley Batista pede para STF ouvir depoimento de Janot

Joesley Batista pede para STF ouvir depoimento de Janot

Solicitação foi feita em processo que discute rescisão de acordo de delação premiada

Publicado em 6 de agosto de 2018 às 21:38

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Coletiva com Joesley Batista, Presidente da JBS, sobre uma aquisição do Grupo fora do setor de carnes . (Ayrton Vignola )

A defesa do empresário Joesley Batista, um dos donos da J&F, controladora da JBS, pediu para o Supremo Tribunal Federal (STF) ouvir o depoimento do ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot sobre o pedido de rescisão do acordo de colaboração premiada feito na gestão dele. Ao todo, os advogados pediram 15 depoimentos. Além de Janot, estão na lista o ex-chefe de gabinete dele, Eduardo Pelella, e o ex-procurador da República Marcello Miller, acusado de ter beneficiado a JBS no acordo de delação quando ainda estava no Ministério Público.

A defesa também pediu a produção de outras provas para tentar demonstrar que não houve ilegalidade no acordo firmado com a Procuradoria-Geral da República (PGR). Os advogados querem a relação das horas trabalhadas por Miller no escritório de advocacia contratado pela JBS, bem como e-mails trocados com os sócios e as datas de reuniões. A intenção é comprovar que Miller não atuava mais na PGR quando o acordo de delação foi firmado.

"Vamos demonstrar que o processo não tem omissão nenhuma e não tem fundamento o pedido da PGR de rescisão de um acordo de colaboração dessa magnitude", disse o advogado de Joesley Batista, André Luís Callegari.

A defesa nega que o empresário tenha omitido informações na delação e pede que o acordo seja mantido. A colaboração está sob risco desde setembro do ano passado, quando a PGR pediu a rescisão por entender que ele não contou tudo o que sabia.

Joesley e outras seis pessoas ligadas à JBS firmaram acordo de delação premiada com a PGR no ano passado. Em maio, o GLOBO revelou áudio de conversa dele com o presidente Michel Temer tratando de pagamentos para manter o silêncio do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha.

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Em setembro, a descoberta de um áudio levantou a suspeita de que ele e Ricardo Saud, executivo do grupo J&F, controlador da JBS, omitiram informações. A PGR suspendeu o acordo, mas a medida ainda depende de decisão do STF. Na ocasião, a PGR, ainda comandada por Janot, pediu a prisão dos dois. O relator do caso no STF, ministro Edson Fachin, atendeu ao pedido. Em dezembro, a atual procuradora-geral, Raquel Dodge, concordou com o pedido de rescisão do acordo. Atualmente, os dois estão soltos.

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