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Meteorito do Museu Nacional fica intacto após incêndio

Meteorito do Museu Nacional fica intacto após incêndio

Direção da instituição ainda não sabe precisar o quanto foi perdido

Publicado em 3 de setembro de 2018 às 09:19

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Meteorito dentro de prédio totalmente destruído do Museu Nacional . (Marcio Alves / Agência O Globo)

Os três andares do Museu Nacional — fundado em 1818 por D. João VI e desde 1946 vinculado à Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) — abrigavam um acervo de 20 milhões de itens, incluindo documentos do Império, artefatos greco-romanos, fósseis e a maior coleção egípcia da América Latina. A direção do museu ainda não sabe precisar o quanto foi perdido. No entanto, um meteorito resistiu às chamas e foi registrado pela nossa equipe em meio à destruição.

Meteoritos são fragmentos de corpos extraterrestres, como, por exemplo, de asteróides ou cometas, que sobrevivem a entrada da atmosfera terrestre e às altas temperaturas, conseguindo atingir o solo. A instituição detém a maior coleção de meteoritos do país, com 62 peças. O mais famoso é o Bendegó, encontrado no sertão da Bahia durante o século XVIII.

Muito emocionada, a vice-diretora do Museu Nacional, Cristiana Cerezo, atirou-se ao chão quando chegou ao local.

— São 200 anos do museu, isso aqui é o trabalho da vida de muita gente, são coleções zoológicas, botânicas, tudo perdido, tudo perdido! — lamentou Lilian, bióloga e pesquisadora do museu.

Além dos meteoritos, entre os itens mais conhecidos do Museu Nacional, estavam o esqueleto de dinossauro encontrado em Minas Gerais e o mais antigo fóssil humano descoberto no atual território brasileiro, batizado "Luzia". Trata-se da instituição científica e do museu mais antigos do Brasil, tendo em maio deste ano completado 200 anos. A visitação média mensal é de 5 a 10 mil pessoas.

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O fogo teve início por volta das 19h deste domingo. As partes laterais e a de trás do museu foram as que mais demoraram a ter as chamas contidas. Houve alguns desabamentos internos. A assessoria do museu disse que ainda não está claro o que deu início ao incêndio. O Corpo de Bombeiros também não trabalha ainda com nenhuma hipótese sobre as causas. Somente após os primeiros resultados da perícia é que isso poderá ser respondido.

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