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Ato contra retirada da placa de Marielle na Cinelândia

Ato contra retirada da placa de Marielle na Cinelândia

Evento convocado pela internet homenageou vereadora assassinada no Rio

Publicado em 14 de outubro de 2018 às 20:16

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Depois de pegarem as placas, as pessoas formaram um mosaico humano, que formava o nome de Marielle . ( Agência Brasil)

Com gritos de “Ele, não” e “Ditadura nunca mais”, milhares de pessoas lotaram a Cinelândia para uma manifestação pacífica no começo da tarde deste domingo (14). Trata-se do movimento " Distribuição de Mil Placas para Marielle ", que nasceu na internet, após a retirada e quebra da sinalização simbólica com o nome da vereadora assassinada no dia 14 de março, pelos deputados recém-eleitos Daniel Silveira , federal, e Rodrigo Amorim , o estadual mais votado do Rio, ambos do PSL .

A entrega das placas foi realizada em frente à Câmara dos Vereadores, com uma fila em zigue-zague, para otimizar o espaço, que chegava até o cinema Odeon. A entrega do material, em que cada pessoa tinha direito a apenas um exemplar, se encerrou em cerca de dez minutos junto com o ato. E conforme recomendação da página do movimento no Facebook, quem conseguiu retirar a placa foi embora com ela escondida dentro de um envelope, que foi distribuído, para evitar represálias.

A campanha, lançada pelo site de humor "Sensacionalista", criou uma conta em um site de financiamento coletivo para arrecadar R$ 2mil para confeccionar 100 placas homenageando a vereadora. A meta foi atingida em 20 minutos, e o valor total, com doação de mais de 1.500 pessoas, estava em mais de R$ 39 mil na manhã deste domingo. Foram confeccionadas mil placas, e o valor excedente será doado, segundo os organizadores, para projetos e causas apoiados por Marielle Franco.

Após receberem as placas, as pessoas eram encaminhadas para um mosaico humano, que formava o nome de Marielle, e só podia ser visto por uma imagem aérea. Entre a multidão, vários artistas compareceram ao ato, os cantores Leoni e Késia Estácio, e os atores Juliana Alves, Leandra Leal, Emiliano D’Ávila, Alexandre Lino, Sophie Charlotte e Daniel de Oliveira.

"Vim para prestar homenagem à Marielle, que foi uma grande lutadora dos direitos humanos, assassinada brutalmente numa queima de arquivo. E isso acabou virando um movimento de esquerda generalizado, de pessoas que não só lutam pelos direitos humanos, mas contra o fascismo. Juntamos vários interesses num ato, e eu vim fazer coro a toda essa multidão, que luta por uma virada no segundo turno das eleições" disse Emilano.

Com a filha nos ombros, e a placa de Marielle nas mãos, a atriz Leandra Leal só deu uma trégua às palavras de ordem que gritava na escadaria da Câmara com outros manifestantes para dar almoço para a menina num restaurante ao lado.

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"A gente tá vivendo um pesadelo. É preciso resistir, se mobilizar. Isso aqui não é por disputa de partido, mas por um projeto de país, pela democracia. A nação tem que ser maior do que qualquer ódio. Esse é um momento decisivo, que devemos ganhar com amor." declarou a atriz.

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