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Jovem desaparece depois de marcar encontro em aplicativo de paquera gay

Jovem desaparece depois de marcar encontro em aplicativo de paquera gay

Lucas Chaves Pinho morava no Rio das Pedras, no Rio de Janeiro

Publicado em 3 de outubro de 2018 às 15:40

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Lucas Chaves Pinho, de 32 anos, está desaparecido desde a madrugada do último domingo . (Reprodução)

A família de Lucas Chaves Pinho, de 32 anos, está a sua procura desde a madrugada de domingo. Morador de Rio das Pedras, em Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, o cearense vive na cidade há cerca de seis anos. Na segunda-feira, parentes foram até a 16ª DP (Barra da Tijuca) para fazer o registro de ocorrência por suspeitarem que Lucas tenha desaparecido depois de marcar encontro por um aplicativo de relacionamento gay.

Dois primos de Lucas estão se mobilizando para tentar esclarecer o caso. Eles contam que o morador desaparecido vinha marcando encontros pelo Hornet, uma rede social destinada a homossexuais. Agostinho Pinho de Oliveira, o primo que registrou o caso na polícia, teve acesso às imagens das câmeras de segurança do prédio. O vídeo mostra duas pessoas entrando no apartamento de Lucas minutos após deixar o local.

— O Lucas saiu de casa a 1h02. A 1h35, dois homens abriram a porta do apartamento dele com chave, ficaram cerca de cinco minutos lá dentro e saíram levando uma televisão e um roteador. Um estava de capuz e outro parece que estava com uma peruca. Depois disso, o Lucas já não visualizou mais as mensagens no WhatsApp — explicou.

Nascido em Monsenhor Tabosa, o cearense trabalhava como garçom em um hotel na Barra. Os parentes do Nordeste, a quem ele é mais ligado, deram falta dele. Segundo Valéria Chaves da Costa, prima que mora aqui no Rio, uma sobrinha do Ceará entrou em contato, preocupada com o sumiço de Lucas.

— Às 13h de segunda-feira, uma sobrinha dele me passou mensagem perguntando se eu sabia onde ele estava, já que desde a madrugada de domingo ele não visualizava o WhatsApp. Ela disse que estava ficando cada vez mais apreensiva, porque o Lucas nunca deixa de falar, estava o tempo inteiro em contato com o pessoal do Ceará. Foi então que a gente aqui começou a se mobilizar — disse Valéria, que foi à delegacia junto com Agostinho.

Quando o registro de ocorrência foi feito, às 20h24 de segunda-feira, os parentes de Lucas ainda não tinham tido acesso às imagens de segurança mostrando a movimentação na residência do morador. Os dois homens que entram no apartamento de Lucas parecem saber da existência da câmera no corredor. Um deles chega de capuz e o outro cobre a cabeça com a camisa. Agora, os parentes de Lucas pretendem levar o material para a polícia investigar quem são os homens que entraram na casa.

— A gente foi até a casa dele depois de fazer o registro de ocorrência para pedir as imagens para a dona do prédio. Quando chegamos lá, encontramos a cama bagunçada e o guarda-roupa revirado — afirmou Agostinho.

Valéria conversou com os vizinhos. Pelo que percebeu, Lucas era uma pessoa querida no local.

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— Ninguém tinha nada de ruim pra falar dele. Todo mundo já estava sabendo. Ele tinha cortado o cabelo no sábado, e, no salão, o pessoal estava comentando e lamentando — disse.

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