A Policia Civil paranaense investiga se há motivação política em uma denúncia de estupro no Centro Acadêmico de Ciências Sociais da Universidade Federal do Paraná (UFPR). A vítima, que se declara mulher transexual, de 22 anos, disse que o crime foi cometido por um grupo de garotos e que a motivação seria o fato de ela estar usar um adesivo da campanha #EleNão contrária à candidatura de Jair Bolsonaro (PSL) à Presidência da República.
O relato foi postado no site do Mapa da Violência. A denúncia anônima é investigada pela Delegacia da Mulher de Curitiba. Nas redes sociais, o centro acadêmico informou quer tomou conhecimento do caso por meio da internet, mas que, até o início da semana, não havia sido contactado pessoalmente pela vítima.
REPÚDIO
O Centro Acadêmico de Ciências Sociais publicou, também em sua página no Facebook, uma nota de repúdio, por meio da qual se coloca à disposição da vítima para auxiliá-la no que for necessário inclusive para tomar medidas legais e na busca por apoio psicológico. Não podemos banalizar esse como mais um caso estatístico. O centro apela para o fim da crescente onda de violência.
Na nota, a entidade diz que também identificou pichações com os dizeres B17 e com suásticas nas paredes do centro acadêmico e informa que vai repensar a abertura do local em todos os turnos do dia incluindo à noite para estudantes de ciências sociais, de outros cursos e para a comunidade externa.
Em momentos anteriores, nas redes sociais, quando questionado sobre a violência atribuída aos seus simpatizantes, Bolsonaro afirmou que rechaça qualquer tipo de agressão e que não tem como controlar as pessoas.
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