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Enem 2018: questões abordaram refugiados, feminismo e nazismo

Enem 2018: questões abordaram refugiados, feminismo e nazismo

Neste domingo, os candidatos realizam as provas de Ciências Humanas, Linguagens e Redação

Publicado em 4 de novembro de 2018 às 22:23

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Movimentação de candidatos ao Exame Nacional do Ensino Medio (ENEM), em frente Universidade Nove de Julho (UNINOVE), localizado na rua Tagipuru, na Barra Funda, Zona Oeste de São Paulo, na manhã deste domingo(04). (Eduardo Carmim/Agência O Dia)

Neste domingo, os candidatos realizam as provas de Ciências Humanas, Linguagens e Redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). No primeiro dia do exame, apareceram tópicos como feminismo, nazismo, escravidão, golpe de 1964, crise de refugiados, entre outros.

Segundo a candidata Bruna Damasceno, de 19 anos, do Rio de Janeiro, esta foi uma das provas que mais abordou temáticas envolvendo políticas e questões sociais atuais. Em uma delas, foi abordado o feminismo com um recorte de raça, referindo-se especificamente às mulheres negras. Além disso, ela diz que uma questão tratava sobre nazismo.

De acordo com outra candidata, Lorena Santos, foi usado um poema de Graciliano Ramos e um texto sobre publicidade e racismo como base para questões de interpretação de texto. Ela deixou o Colégio Luiz Viana, em Salvador, na Bahia, às 14h40 (15h40 pelo horario de Brasilia) e classificou a prova como "muito mais facil do que a dos tres anos anteriores". Ela está fazendo o Enem pela quarta vez.

"Os textos foram bem mais objetivos do que os das edições anteriores",  disse ela.

Já Érica Sodré Almeida, de 20 anos, também de Salvador, contou que a prova de Ciências Humanas abordou aspectos do governo do presidente João Goulart, que sofreu o golpe de 1964.

Em uma questão da prova de inglês, foi usado um trecho de um dos livros mais clássicos do escritor inglês George Orwell, "1984". Mais especificamente, o momento no qual o herói da narrativa, Winston, conversa com o colega O' Brien sobre o controle do partido. A candidata Ana Luísa Siqueira, de 16 anos, treineira, lembra o trecho:

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"Winston conversa com O'Brien explicando que o passado não existe fisicamente, mas nos registros e memórias. É que o partido controla o passado porque controla a memória e os registros. Foi esse o trecho usado",  diz ela, que considerou a prova de inglês fácil para quem estuda o idioma de forma regular.

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