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Governo quer que formados em federais passem um ano no Mais Médicos

Governo quer que formados em federais passem um ano no Mais Médicos

Proposta foi debatida pelos ministros da Saúde e Educação nesta segunda-feira; eles discutiram o credenciamento de hospitais para fazer o Revalida

Publicado em 20 de novembro de 2018 às 10:18

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(arquivo)

O governo estuda criar mecanismos para que estudantes de Medicina das universidades federais prestem um ano de serviços no programa Mais Médicos após formados. A proposta foi debatida em reunião nesta segunda-feira entre os ministros da Saúde, Gilberto Occhi, e da Educação, Rossieli Soares.

 

Os detalhes da medida ainda serão estudados por um grupo conjunto das duas pastas, que vai elaborar mudanças no programa Mais Médicos após a saída dos profissionais cubanos, que deixarão o país em 20 dias.

Será preciso analisar, segundo fontes envolvidas diretamente nas discussões, quais fatores justificariam exigir a contrapartida do estudante.

 

A ideia central é que o aluno do ensino público federal devolva à sociedade o investimento que recebeu do Estado. Mas colocar a participação no Mais Médicos como condição para todos os graduandos seria de difícil implantação. As novas regras não devem valer para os editais que saem nesta terça-feira e na próxima semana.

Uma saída seria exigir a contrapartida dos estudantes que receberam algum tipo de benefício, além da própria formação gratuita, ao longo da jornada acadêmica. De qualquer maneira, o profissional recém-formado seria remunerado como todos os outros do Mais Médicos.

Outra medida discutida pelos ministros é fazer mais de uma edição por ano do Revalida, exame de certificação de diplomas de médico obtidos no exterior. Hoje a prova, feita em duas fases, chega a levar mais de 12 meses entre o edital e o resultado. A segunda etapa, de conhecimento prático, é a mais difícil de ser aplicada.

Para driblar as dificuldades e promover maior acesso dos participantes do Mais Médicos ao Revalida, o governo quer credenciar instituições públicas e privadas de excelência em Medicina para aplicar a prova prática. Além de hospitais ligados a universidades, unidades particulares conveniadas ao SUS poderiam participar.

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Outra ideia em pauta é fornecer algum tipo de abatimento a médicos formados com o apoio do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) que ainda não tenham quitado sua dívida. Além da remuneração do programa Mais Médicos, eles teriam um desconto no valor que ainda devem ao governo pelo crédito estudantil.

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