O presidente Michel Temer definiu nesta terça-feira (11), durante reunião com o governador eleito de Roraima e interventor no estado, Antonio Denarium (PSL), a liberação de cerca de R$ 200 milhões. O dinheiro será usado para pagamento dos salários dos servidores, atrasados desde outubro. A intervenção federal em Roraima vai até o dia 31. Para o governador eleito, o estado vive um caos econômico e social.
Negociamos e acertamos valores a serem repassados para o governo do estado de Roraima para acabar com o caos social que estamos vivendo hoje, disse Denarium. Segundo o interventor, até segunda-feira (10), havia greve em todos os setores. Esse valor será para a folha de pagamento dos servidores.
Em Brasília, nesta terça-feira (11), Denarium pretende ainda se reunir com o ministro do Planejamento, Esteves Colnago, para fechar os detalhes do repasse de recursos, e também com o ex-juiz Sergio Moro, que assumirá o Ministério da Justiça.
URGÊNCIA
Denarium pediu ajuda do governo federal para outros setores, como saúde e educação. No total, segundo ele, seria necessário liberar R$ 500 milhões.
Solicitamos que esse valor fosse ampliado pelo governo federal para que a gente possa quitar as dívidas e as contas mais emergentes, como merenda escolar, transporte escolar e medicamentos, disse Denarium.
Conforme Denarium, Roraima tem uma dívida corrente em atraso de cerca de R$ 2 bilhões. Em que pese toda a justeza do que pede o nosso interventor, nós temos impedimentos orçamentários [para liberar um valor maior], disse o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, que participou da reunião, no Palácio do Planalto, com Temer e Denarium.
ORÇAMENTO
Segundo Padilha, o Orçamento da União está fechado, e o governo tem pouca margem de manobra. Temos alguma possibilidade, em valores próximos a R$ 200 milhões, que daria para cobrir as folhas dos servidores. A preocupação do presidente é sanar a questão dos servidores. Isso será possível com esse valor que ainda pode ser remanejado, afirmou.
Ainda nesta terça-feira (11) o Ministério do Planejamento vai fechar o valor exato. O presidente deve mandar uma medida provisória remanejando os recursos. Não haverá repasse para o estado e sim uma ação direta do governo federal, que executa a sua intervenção, afirmou Padilha.
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