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Barragem em MG: devastação pode levar a surto de febre amarela

Barragem em MG: devastação pode levar a surto de febre amarela

Extensão da lama proporciona proliferação de mosquitos que são vetores de doenças

Publicado em 26 de janeiro de 2019 às 01:31

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Rompimento de barragem em Brumadinho, Minas Gerais. (O TEMPO/ESTADÃO CONTEÚDO)

A extensão dos danos ambientais provocados pelo rompimento da barragem de Brumadinho pode levar a surtos de doenças como dengue e febre amarela nos próximos meses.

Doutora em Microbiologia e pesquisadora da Fundação Oswaldo Cruz, Leila dos Santos Macedo alerta que a extensão da lama rompeu o equilíbrio do ecossistema, alterando a presença de predadores e vetores de doenças.

Em 2017, dois anos após o rompimento da barragem de Mariana (MG), foi registrado um aumento de casos de febre amarela. Para especialistas, o fenômeno ocorreu devido ao estresse causado pelos animais na área durante a tragédia ambiental, tornando-os mais suscetíveis a doenças.

Com mais animais doentes, maior é a quantidade de mosquitos infectados. Como o habitat é destruído, os insetos têm mais contato com o homem, aumentando os casos da doença.

"O desequilíbrio ambiental prejudica até o ecossistema marinho, já que a lama chega à bacia do Rio Paraopeba, afluente do rio São Francisco", explica Leila. "Os fatores climáticos podem contribuir para que os surtos ocorram com ainda mais rapidez, porque a proliferação de insetos é comum no verão".

Leila reivindica investimentos em estruturas que reduzam a ocorrência de catástrofes ambientais:

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"Precisamos de tecnologias para armazenar rejeitos antes que contaminem os lençóis freáticos".

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