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Empresário leva gravata, é expulso de banco e acusa Caixa de racismo

Empresário leva gravata, é expulso de banco e acusa Caixa de racismo

O caso aconteceu na última terça-feira (19); Crispim Terral, de 34 anos, foi imobilizado por policiais militares da Bahia e retirado à força de uma agência da Caixa Econômica, em Salvador

Publicado em 27 de fevereiro de 2019 às 17:48

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O microempresário Crispim Terral, de 34 anos, foi imobilizado por policiais militares na Bahia. (Reprodução | Facebook)

O microempresário Crispim Terral, de 34 anos, foi imobilizado por policiais militares da Bahia e retirado à força de uma agência da Caixa Econômica, em Salvador. O caso aconteceu na última terça-feira (19), quando foi a uma agência da Caixa no centro da capital baiana para resolver uma pendência acompanhado de sua filha, de 15 anos.

Ele afirma ter sido tratado com indiferença pelos funcionários do banco e que ficou por mais de quatro horas sentado na mesa do gerente da sua conta aguardando para ser atendido. Depois da espera, ele dirigiu-se ao gerente-geral da agência para questionar a falta de atendimento. O gerente, contudo, acionou a polícia para retirá-lo à força do banco.

Ele afirma que os policiais o trataram educadamente e convidaram ele e o gerente a resolver o problema na delegacia. O gerente, contudo, teria se recusado a acompanhar os policiais. Em um vídeo gravado pela filha de Crispim, já na presença dos policiais, o gerente do banco afirma que só iria à delegacia se o cliente fosse algemado e que não negociaria "com esse tipo de gente".

Os policiais, então, imobilizaram Crispim com uma "gravata" - golpe no qual a pessoa é imobilizada pelo pescoço - e o levaram para fora da agência bancária. Em uma postagem em uma rede social, Crispim criticou a atitude do banco e dos policiais. Disse que foi tratado de forma ríspida e alvo de preconceito racial.

"Em nenhum momento eu fui mal educado, grosseiro ou deselegante dentro daquela a agência bancária, mas fui tratado como um bandido", disse Crispim.

Em nota, a Caixa Econômica Federal informou que repudia atitudes racistas e que "até o momento, não foi identificada, por parte de nenhum dos seus empregados ou colaboradores, qualquer atitude de cunho discriminatório". A Polícia Militar da Bahia afirmou que "houve necessidade de empregar força desproporcional" porque o empresário recusou-se a sair do banco.

"Os policiais relataram que o cidadão começou a se exaltar e dizer que não sairia da agência sem ter a sua demanda atendida, contrariando a recomendação das autoridades que intervieram no conflito", informou a nota.

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A PM ainda informou que será instaurada uma sindicância para apurar as circunstâncias da intervenção policial. O empresário registrou uma queixa na Corregedoria da Polícia Militar da Bahia.

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