> >
Atentado em Goiânia: jovem sairá de internação daqui um ano e meio

Atentado em Goiânia: jovem sairá de internação daqui um ano e meio

Menino matou dois amigos e feriu outros quatro colegas em um colégio, deixando uma garota paraplégica

Publicado em 13 de março de 2019 às 21:11

Ícone - Tempo de Leitura 0min de leitura
No dia 20 de outubro de 2017, o menino entrou no Colégio Goyases, abriu a mochila, sacou uma pistola calibre 40 e disparou contra os amigos durante o intervalo das aulas. (Reprodução )

O estudante de 14 anos que, em outubro de 2017, matou dois amigos e feriu outros quatro colegas em um colégio em Goiânia, deixando uma garota paraplégica, sairá do centro de internação onde está detido daqui a, no máximo, um ano e meio.

O menino está detido em um centro de internação para adolescentes infratores localizado em Anápolis, a 50 km de Goiânia (GO), e cumpre a pena máxima prevista pelo Estatuto da Criança e do Adolescente: três anos de internação para recuperação.

Em outubro do ano que vem, portanto, poderá voltar para casa. “Essa é a punição mais severa prevista no estatuto”, disse ao Estado a advogada Rosângela Magalhães, que atuou na defesa do garoto um ano e meio atrás.

No dia 20 de outubro de 2017, o menino entrou no Colégio Goyases, abriu a mochila, sacou uma pistola calibre 40 e disparou contra os amigos durante o intervalo das aulas da escola localizada no Conjunto Riviera, bairro de classe média de Goiânia.

Os adolescentes João Pedro Calembo e João Vitor Gomes, ambos de 13 anos, morreram no local. Outros quatro alunos - Yago Marques e Marcela Macedo, de 13 anos, Lara Borges, de 14, e Isadora de Morais, de 14 - também foram atingidos, mas escaparam com vida.

Isadora ficou 54 dias internada no Centro de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo (Crer). A estudante ficou paraplégica.

O adolescente que assassinou os amigos é filho de policiais militares. No processo judicial, restou concluído que a arma usada era de sua mãe, mas que não houve negligência dos pais no acesso à arma. “A mãe colocava a arma num local específico. As balas ficavam em outro local. O garoto programou o que aconteceu”, disse Rosângela Magalhães.

No centro de internação, o menino tem direito a receber a visita dos pais uma vez por semana, por até duas horas. No local, ele também cursa o 9º ano do ensino fundamental.

COLÉGIO MANTÉM PSICÓLOGOS

Diretor e proprietário do Colégio Goyases, Luciano Rizzo diz que o atentado ainda está vivo na memória de todos. A instituição mantém até hoje, em sua rotina de aulas e disciplinas, o apoio direto de psicólogos para alunos e pais.

Este vídeo pode te interessar

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais