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Justiça libera retomada de maior mina em Minas Gerais, diz Vale

Justiça libera retomada de maior mina em Minas Gerais, diz Vale

Operações foram interrompidas em fevereiro

Publicado em 20 de março de 2019 às 22:19

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Tragédia de Brumadinho. (Lucas Hallel/Ascom Funai)

A mineradora Vale anunciou que obteve decisão judicial favorável à retomada das atividades da barragem Laranjeiras e, consequentemente, da Mina de Brucutu, em São Gonçalo do Rio Abaixo (MG).

As operações estavam interrompidas desde o início de fevereiro, quando o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) atendeu um pedido do Ministério Público do estado (MPMG).

Na ocasião, foram suspensas as atividades de oito barragens da Vale. O TJMG considerou a medida necessária para evitar tragédias semelhantes a que ocorreu no dia 25 de janeiro em Brumadinho (MG). O processo tramita em segredo de Justiça.

Segundo a Vale, apenas a barragem Laranjeiras e a Mina de Brucutu foram liberadas na decisão, anunciada na terça-feira (19) à noite. As outras sete estruturas embargadas a pedido do MPMG permanecem com as operações interrompidas. Uma delas, Menezes II, integra a Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho, a mesma onde ficava a barragem que se rompeu.

EMPREENDIMENTO
A Mina de Brucutu é a maior da Vale em Minas Gerais. Inaugurada em 2006, foi anunciada na época como sendo a maior do mundo em capacidade inicial de produção. Em 2016, a mineradora noticiou em seu site que ela ocupava a segunda posição do país em produção, sendo superada apenas pela Mina de Carajás, localizada no estado do Pará.

A implantação do empreendimento mineiro custou US$ 1,1 bilhão e chegou a ter 6 mil trabalhadores durante o pico das obras. Quando as operações foram suspensas, a Vale afirmou não ver justificativa técnica para a decisão e divulgou avaliação segundo a qual a paralisação da barragem Laranjeiras por um ano poderia causar um impacto de aproximadamente 30 milhões de toneladas de minério de ferro.

A Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Minas Gerais (Semad), a quem compete autorizar a retomada das operações, informou nesta quarta-feira (20) à Agência Brasil que ainda não foi notificada pela Justiça. "Para decidir sobre o retorno ou não das atividades na Mina de Brucutu, é preciso avaliar o teor da decisão judicial", disse o órgão em nota.

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A Vale ainda não possui previsão para reiniciar as atividades: "As operações de Brucutu permanecem paralisadas aguardando os desdobramentos da referida decisão no âmbito da Semad".

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