Logo após o massacre que matou 10 na escola de Suzano, na Grande São Paulo, uma professora alertou a Polícia Civil sobre o jovem que foi apreendido nesta terça-feira (19), sob suspeita de ter participado do planejamento do ataque.
O menor, agora com 17 anos, está sob suspeita de ter ligação com os dois executores do atentado ambos mortos. Mensagens em seu celular também embasam as investigações da Polícia. A Justiça determinou a quebra do sigilo telefônico do menor.
A professora afirmou ter dado aula na Escola Estadual Raul Brasil em 2015, quando lecionou para o adolescente. Em uma atividade, em sala de aula, ela teria proposto uma projeção do futuro aos estudantes. Relata que o jovem investigado era tido por apático e que não falava com ninguém, mas, naquele dia, fez declarações que a chocaram.
Este teria respondido de forma fria, sem expressar qualquer sentimento que o seu maior sonho era entrar em uma escola, armado e atirar em várias pessoas aleatoriamente; alega que ficou chocada com a expressão fria do aluno, que mesmo sendo questionado pela declarante, se não tinha remorso, respondeu que o único sentimento que desenvolvia era um sentimento de prazer, quando imaginava tal cena, consta no termo de depoimento da professora.
À Polícia, ainda afirmou que na manhã do dia 13, data do atentado, quando soube da tragédia que ocorreu no Raul Brasil, tentou por diversas vezes entrar em contato com o rapaz, pois acreditava que ele era o autor de tal crime, por causa dos detalhes , entretanto, depois de um tempo, ele respondeu.
As mensagens foram entregues pela professora à Polícia.
No dia do atentado, ela ainda entrou em contato com o celular do jovem, por desconfiar de que ele teria sido o autor dos ataques. Entretanto, ele respondeu dizendo que não fez parte do massacre, mas que seu melhor amigo fez. Ele só tinha problemas demais.
Ela questionou. E o que você acha disso?
Eu não tenho opinião. Ele se matou, um belíssimo fdp, isso sim. Vou sentir falta dele.
Ela disse. Fim de mundo. O jovem respondeu. Nem tanto kkkk, Nem cheguei a chorar.
A professora ainda alertou. Chorei muito, pensei que você estivesse envolvido. E o jovem respondeu. Um monte de gente pensou kkk.
Em determinado momento da conversa, ele ainda afirmou. Ele fez o que a gente vivia conversando sobre. Entrou para a história.
Em depoimento, ela diz que o menor na última parte da conversa disse que tem planos, sendo questionado pela depoente quais planos e respondeu apenas Rússia.
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