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Provas envolvem buscas realizadas por suspeito no caso Marielle

Provas envolvem buscas realizadas por suspeito no caso Marielle

Polícia prendeu dois suspeitos de ligação com a morte de Marielle. Investigadores apresentaram detalhes das investigações

Publicado em 12 de março de 2019 às 17:55

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Vereadora Marielle Franco foi assassinada em março. (Mário Vasconcellos/CMR)

Foram presos nesta terça-feira (12) dois suspeitos de envolvimento com o assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. Essa foi considerada uma primeira etapa da investigação, e a apuração continua para tentar chegar a eventuais mandantes do crime. Veja perguntas e respostas preparadas pelo Estado com o que se sabe até agora do caso.

Quem foi preso nesta terça?

Foram presos nesta terça em operação da Polícia Civil e do Ministério Público o policial militar reformado Ronie Lessa e ex-policial Elcio Vieira de Queiroz, expulso da corporação.

Qual foi o papel deles no crime?

A polícia diz que Elcio estava dirigindo o veículo que perseguiu, no dia 14 de março de 2018, o carro onde estavam a vereadora Marielle Franco, o motorista Anderson Gomes e a jornalista Fernanda Chaves. Já Ronie teria sido o responsável por efetuar os disparos que mataram Marielle e Anderson.

Que provas foram apresentadas?

Alguns dos elementos apontados pela polícia para ligar os suspeitos ao crime são interceptações feitas no histórico de busca do celular de Ronie, onde ele buscou informações como o endereço de Marielle, além de dados sobre outros políticos, como o deputado federal Marcelo Freixo e sua mulher. Segundo a polícia, Ronie também fez pesquisas sobre as características da arma MP5, idêntica à utilizada no crime, assim como de silenciadores. Além disso, a polícia disse que uma imagem mostra parte do braço de Ronie enquanto ele esperava dentro do carro a saída de Marielle de um evento que ela participava. A investigação reconstruiu também o caminho realizado pelo carro onde estavam os criminosos e identificou que o veículo começou a circular naquela tarde saindo da Barra da Tijuca, onde Ronie mora.

E por que eles cometeram o crime?

A polícia definiu o caso como um crime de ódio, mas não detalhou a motivação. O delegado do caso informou que Ronie “tinha uma obsessão para determinadas personalidades que militam na esquerda política”, como Marielle e Freixo.

E quem mandou matar Marielle e Anderson?

O envolvimento de possíveis mandantes permanece sendo investigado pela polícia, que não descarta ninguém e conduz essas apurações em uma 2ª fase do inquérito. O governador Witzel disse que os presos “podem pensar em uma delação premiada” para auxiliarem as investigações nessa etapa.

Ronie mora no mesmo condomínio onde o presidente Bolsonaro tem um imóvel. A investigação apontou alguma relação entre eles?

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De acordo com o delegado Giniton Lages, essa situação “não diz muita coisa para a investigação”. “Ele (Ronie) não tem uma relação direta com a família Bolsonaro. Não detectamos isso”, disse.

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