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Mais da metade das vagas oferecidas pelo Fies são ocupadas

Mais da metade das vagas oferecidas pelo Fies são ocupadas

O fundo possui duas modalidades de financiamento, que variam conforme a renda familiar do estudante

Publicado em 2 de julho de 2019 às 00:27

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Mais da metade das vagas oferecidas pelo Fies são ocupadas no primeiro semestre. (Divulgação | UVV)

O Fies, programa do governo federal de financiamento estudantil para o ensino superior, teve 53% das 100 mil vagas ofertadas em 2019 ocupadas no primeiro semestre. Foram 43.694 contratos firmados e outros 9.706 em processo de contratação, um total de 53.400 vagas.

As demais 46.600 vagas são oferecidas para o segundo período, que teve suas inscrições encerradas nesta segunda-feira (1º).

O fundo possui duas modalidades de financiamento, que variam conforme a renda familiar do estudante. A cobertura começa com 50% de subsídio e atinge até 99% do valor do curso pretendido.

Na primeira modalidade puderam se inscrever os estudantes com renda familiar per capita --o total da renda dividida pelo número de moradores da residência-- de até três salários mínimos, o equivalente a R$ 2.994.

A segunda modalidade contempla os estudantes com renda mensal familiar per capita de até cinco salários mínimos (R$ 4.990).

Além do critério de renda, os tomadores do financiamento devem ter nota mínima de 450 pontos no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) e não ter zerado a prova de redação. Quem tiver a maior nota média do Enem, segundo o MEC (Ministério da Educação), tem mais chance de obter o crédito.

Os selecionados farão o contrato de financiamento entre os dias 10 e 12 de julho. Uma lista de espera será formada entre 15 de julho e 23 de agosto.

Em março, muitos estudantes tiveram dificuldades para formalizar novos contratos do Fies. O MEC precisou estender o prazo de finalização da tomada de crédito por várias vezes depois de verificar que erros num sistema estavam barrando as novas contratações.

A chamada única do Fies para o primeiro semestre deste ano saiu em 25 de fevereiro. Os estudantes tiveram entre 26 de fevereiro e 7 de março para complementar a inscrição com documentos que atestam que eles preenchem os requisitos do programa federal. Foi nessa etapa que os alunos tiveram problemas.

Reportagem do jornal Folha de S.Paulo mostrou que parte dos alunos ficou impedida de frequentar as aulas, que já tinham começado havia mais de um mês, e até de fazer as provas.

Eles disseram que chegaram a fazer périplos diários por quase um mês em agências bancárias e instituições de ensino na tentativa de resolver a questão.

O problema ocorreu principalmente na obtenção do Documento de Regularidade de Inscrição (DRI) ou de Regularidade de Matrícula (DRM), necessários para a contratação ou continuidade do financiamento.

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Por falha na transmissão de dados do governo federal, as instituições de ensino não estavam conseguindo emitir o documento. "Sempre aparece que o sistema do Fies está fora do ar ou que o documento está sem data ou chave de segurança", disse Sandy da Silva, 21, de Cabedelo (PB).

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