> >
Qualidade do ar na Grande São Paulo melhora nos últimos 10 anos

Qualidade do ar na Grande São Paulo melhora nos últimos 10 anos

A redução foi possível graças à diminuição da quantidade de enxofre no óleo diesel, além do uso de combustíveis menos poluentes pelas indústrias

Publicado em 18 de julho de 2019 às 17:46

Ícone - Tempo de Leitura 0min de leitura
Poluição do ar em São Paulo. (Arquivo/Agência Brasil)

A região metropolitana de São Paulo registrou melhora na qualidade do ar nos últimos 10anos, diz relatório divulgado nesta quinta-feira (18) pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb). São, ao todo, 39 municípios, sendo que a capital, sozinha, tem uma frota de cerca de 9 milhões de veículos.

Desde 2008, não é ultrapassada a marca estabelecida pelo decreto estadual que regulamenta os padrões de qualidade do ar para o monóxido de carbono. O limite é de 9 partes por milhão (ppm). No entanto, a média para região tem ficado entre 1,5 ppm e 3 ppm, informou a técnica de qualidade do ar da Cetesb, Maria Lucia Guardani. “Nos últimos 10 anos, a gente não vê ultrapassagem desse parâmetro. Isso é um ganho grande e mostra que uma ação. não só na tecnologia dos veículos, como também nos programas de controle e de melhoria de combustíveis, fez com que esse poluente hoje não represente nenhuma preocupação ambiental”, ressaltou Maria Lucia.

Os resultados também são positivos em relação ao dióxido de enxofre. Em 2001, a média anual de dióxido de enxofre na metrópole era de 14 microgramas por metro cúbico (µg/m3). Em 2018, o índice do poluente ficou em 2 µg/m3.

De acordo com Maria Lucia Guardani, a redução foi possível graças à diminuição da quantidade de enxofre no óleo diesel. Além disso, a técnica destaca um impacto importante, que é o uso de combustíveis menos poluentes pelas indústrias. “A partir do momento em que a gente tem o gás natural para combustível na indústria, a gente substitui o diesel.”

MATERIAL PARTICULADO E OZÔNIO 

No caso das partículas inaláveis, nos últimos dois anos, a concentração se manteve em 29 µg/m3 na média anual. Apesar de o índice ser menor do que os 40 µg/m3 colocados como limite pelo decreto estadual, Maria Lucia lembra que ainda está acima do estipulado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). “Nós estamos bem abaixo do padrão limite e temos que avançar mais. Nós teríamos que estar na faixa dos padrões recomendados pela OMS, que são 20 µg/m3. Temos aí uma tarefa para fazer”, enfatizou.

Os níveis de ozônio ultrapassaram o limite de 140 µg/m3 em 18 dias ao longo do ano passado e em 28 dias em 2017. De acordo com a técnica da Cetesb, o poluente é influenciado pelas condições climáticas e mais difícil de controlar. “Tem anos que a gente tem condições melhores e piores”, disse.

A qualidade do ar no estado de São Paulo é medida por 62 estações de monitoramento. Dessas, 30 estão na região metropolitana de São Paulo. A Cetesb tem programas para o controle de emissões de veículos e indústrias, além de fiscalizar veículos movidos a diesel.

Este vídeo pode te interessar

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais