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Tribunal de Justiça de MG nega desbloqueio de R$ 5 bilhões da Vale

Tribunal de Justiça de MG nega desbloqueio de R$ 5 bilhões da Vale

A medida foi justificada em decorrência dos prejuízos causados pelo rompimento da barragem como forma de garantir recursos para evitar mais danos ao meio ambiente

Publicado em 5 de julho de 2019 às 21:55

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As ações da Vale recuaram 4,2%, a R$ 51,39, nesta terça-feira (2) após CPI (comissão parlamentar de inquérito) do Senado que apurou a tragédia de Brumadinho (MG) . (Lucas Hallel/Ascom Funai)

O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) negou recurso da Vale para desbloquear R$ 5 bilhões imobilizados a pedido do Ministério Público para recuperação ambiental de áreas destruídas no rompimento da barragem da empresa em Brumadinho. A decisão, tomada nesta quinta-feira, 4, é da 19ª Câmara Cível do tribunal.

O pedido já havia sido negado pela Justiça, em Brumadinho. No recurso no TJ, o relator, desembargador Leite Praça, afirma que, "considerando os dados até então divulgados e os prejuízos decorrentes da tragédia, revela-se adequada a constrição do valor apontado, de forma a garantir recursos imediatos para a adoção das medidas emergenciais necessárias para evitar maiores danos ao meio ambiente".

O rompimento da barragem da Vale em Brumadinho ocorreu em 25 de janeiro. Segundo o dado mais recente da Defesa Civil de Minas Gerais, 247 pessoas morreram e 23 estão desaparecidas. A última localização de corpo ocorreu na manhã desta sexta-feira.

O desembargador negou ainda pedido da Vale para que o bloqueio dos recursos fosse substituído por garantia via imóveis ou fiança bancária. O argumento foi que "diante da gravidade dos fatos noticiados, bem como da necessidade de se ter um valor disponível para a adoção das medidas emergenciais para reduzir os efeitos nefastos dessa tragédia, é desaconselhável, por ora, ainda, a substituição da garantia financeira por bens imóveis ou fiança bancária".

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A Vale ainda não se posicionou sobre a decisão.

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