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Bandidos quase levaram duas toneladas de ouro de Cumbica, diz polícia

Bandidos quase levaram duas toneladas de ouro de Cumbica, diz polícia

De acordo com delegado, bando teria tentado duas invasões antes de concretizar o roubo

Publicado em 7 de agosto de 2019 às 15:31

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Bandidos quase levaram duas toneladas de ouro de Cumbica, diz polícia. (Tomaz Silva/Agência Brasil)

O prejuízo causado pelos criminosos que levaram cerca de 770 quilos de ouro do terminal de cargas de aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, poderia ter sido muito maior se tivesse dado certo a primeira tentativa de ataque do grupo realizado no início deste ano.

Segundo a polícia, o grupo poderia ter levado duas toneladas de ouro que foram exportadas naqueles dias, ou cerca de R$ 360 milhões, no mercado nacional, ou até R$ 600 milhões, se vendido na China -como acredita-se que possa ser o destino final do material roubado.

De acordo com o delegado Pedro Ivo Corrêa, titular da delegacia de roubo a bancos, antes de o bando conseguir concretizar o plano em 25 de julho, eles realizaram duas tentativas de invadir o terminal e levar o ouro por ali exportado, uma no começo do ano e outra também no mês de julho.

O policial explica que desde o início o alvo principal do grupo era o ouro por ali exportado, operação comum no aeroporto. "Não era uma operação incomum. Isso surpreendeu a todos nós. O Brasil, de fato, exporta ouro há 500 anos e continua exportando", disse Corrêa.

Se os assaltantes tivessem acertado na primeira tentativa, os policiais acreditam que o roubo poderia ter coincidido com uma operação realizada pelo Banco Central que transferia cerca de duas toneladas de ouro.

Essa investida só não deu certo porque, ainda segundo a polícia, o funcionário do aeroporto Peterson Patrício não permitiu o acesso do resto do bando. Supervisor do terminal de cargas, ele é suspeito de participar do esquema criminoso.

Nas duas primeiras tentativas, porém, o funcionário teria arrumado desculpas para o grupo não entrar.

Foi por isso que os bandidos sequestraram a família dele, na véspera do roubo, acredita a polícia. "Ele [Patrício] concordou em participar, ele anuiu, participou do planejamento, e, no final, começou a criar obstáculos. Foi aí que o pessoal da organização findou em sequestrar a família dele para estimulá-lo, vamos dizer assim, a participar mais efusivamente", afirmou o policial. "A família não sabia disso."

Além de Patrício, a polícia prendeu outras três pessoas e identificou outros dois suspeitos, Teotônio da Silva Pasqualini, conhecido como "Velho", e Marcelo Ferraz, continuam foragidos. O primeiro seria o mentor de todo o roubo, e, Ferraz, o chefe da parte operacional do plano.

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Francisco Teotônio da Silva Pasqualini, 55, apontado pela polícia de São Paulo como o principal mentor do roubo de 770 kg de ouro do aeroporto de Cumbica, em Guarulhos Divulgação 3x4 de homem careca, branco, com cerca de 50 anos. A polícia ainda tenta recuperar o ouro roubado. Os policiais suspeitam que a carga possa ter sido enviada para China, após prender um comerciante chinês que estaria enviando cerca de um quilo para o país em pequenas chapas do metal.

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