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Incêndios na Amazônia: 400 homens das Forças Armadas atuam no combate

Incêndios na Amazônia: 400 homens das Forças Armadas atuam no combate

Os militares vão combater incêndios, atender a população em risco, além de fiscalizar desmatamento ilegal, queimadas irregulares e garimpos clandestinos

Publicado em 27 de agosto de 2019 às 08:08

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22/08/2019 - Homem tenta apagar foco de queimada na zona rural do município de Iranduda(AM), na tarde desta quinta(22), a cidade é uma das que estão em estado de emergência na região metropolitana de Manaus devido as queimadas e desmatamentos, outras cidades do sul do Amazonas também estão em estado de emergência. (EDMAR BARROS/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO)

De um total de 44 mil homens, efetivo das Forças Armadas disposto na Amazônia, cerca de 400 vão atuar inicialmente nas operações iniciadas no domingo (25) na região para dar combate a incêndios, atender a população exposta a risco, e reprimir os ilícitos ambientais - desmatamento ilegal, queimadas irregulares e garimpos clandestinos.

As três primeiras organizações designadas são do Estado de Rondônia: a 17ª Brigada de Infantaria de Selva, a Delegacia Fluvial Regional e o Centro Regional de Vigilância, do Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam), todos de Porto Velho (RO).

O Palácio do Planalto informou no domingo (25), que serão liberadas nos próximos dias as primeiras parcelas dos R$ 28 milhões que servirão para pagar as contas da atividade extraordinária - verba que estava contingenciada.

O modelo das operações decorrentes do decreto de Garantia da Lei e da Ordem Ambiental (GLOA) que vai vigorar até o dia 24 de setembro ainda está sendo definido. A cobertura abrange 5,2 millhões de km², ocupando 61% do território nacional.

Um levantamento recente da americana NASA e da agência espacial europeia estima em 400 bilhões a população de árvores adultas na Amazônia.

No Centro de Operações Conjuntas (COC) do Ministério da Defesa, instalado no sábado, em Brasília, pelo ministro Fernando Azevedo e Silva, ontem o dia foi de reuniões. Nos encontros, foram discutidas informações básicas da crise, incluídas as de inteligência, destinadas a subsidiar as instruções e diretrizes para as missões dos grupos de atuação em campo.

MAIS DE 4 MIL FOCOS

Já o primeiro contingente de 30 bombeiros da Força Nacional foi do Distrito Federal para Boa Vista, em Roraima. O time é formado por especialistas no controle de incêndios florestais. Há três semanas, a agência oficial de sensoriamento acusava cerca de 4.6 mil focos de calor e fogo em todo o Estado.

Crimes ambientais. Outra preocupação dos planejadores da Defesa é com a definição dos crimes ambientais. De acordo com um oficial do setor jurídico, "o conceito não é claro a não ser em situações óbvias, daí a necessidade de fixar uma apreciação de referência". Segundo o analista do MD, "seria crime a agressão severa aos recursos naturais, ao próprio ecossistema".

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A dificuldade é decorrente de certas ambiguidades, explica. "Um fazendeiro pode queimar um pasto ou uma área plantada por ele; isso não é crime - mas passa a ser, se o fogo sair do controle e vier a atingir a mata original vizinha, por exemplo."

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