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Perseguição e troca de tiros após sequestro relâmpago acaba com vítima morta, na Serra

Perseguição e troca de tiros após sequestro relâmpago acaba com vítima morta, na Serra

Ela estava presa no porta-malas do carro, que foi perseguido pela polícia. Um dos bandidos também morreu

Publicado em 30 de abril de 2013 às 01:37

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O irmão da gerente de vendas Maria da Penha Schopf Auer, 44 anos, morta na noite desta segunda-feira (29), ao ser atingida por um tiro no pescoço, quando estava presa no porta-malas de um Fox prata, após sofrer um sequestro relâmpago, disse acreditar que os tiros partiram da polícia. Ademar Auer falou com a imprensa na manhã desta terça-feira (30), antes de entrar no Departamento Médico Legal (DML) para reconhecer o corpo da irmã.

"Foi imprudência da polícia, né? Eles metem tiro adoidado sem nem pensar. A polícia está despreparada, foi imprudência", contou emocionado o irmão de Maria da Penha.

Ademar Auer questionou o procedimento adotado pela Polícia Militar no episódio que culminou com a morte da irmã. "A gente não concorda com a ação da polícia, o carro está cheio de marcas de bala, de calibre pesado mesmo", disse Ademar.

MARIDO DE VÍTIMA DIZ QUE QUASE FOI ATINGIDO

O marido de Maria da Penha Schopf Auer, o técnico em eletrônica Giovani Rui de Oliveira, 44, conversou aparentemente calmo com a reportagem, na manhã desta teça-feira (30), como se ainda não tivesse entendido por completo o fato. O homem, vítima do sequestro relâmpago que terminou com a morte de sua esposa, falou sobre o resultado da operação policial e manteve a versão que deu em depoimento no DPJ.

Giovani disse que os assaltantes mandaram os dois saírem do carro, colocaram Maria da Penha no porta-malas do veículo e seguiram com ele no banco de trás, entre dois bandidos, na mira de um revólver e com um canivete no pescoço. Durante todo o trajeto houve ameaças de morte.

O marido ainda relatou que não teve nenhuma oportunidade de avisar sobre a presença de reféns no carro para os policiais. Apenas quando o veículo colidiu com outro é que ele conseguiu sair do carro e pedir socorro, ainda sem saber que a mulher tinha sido atingida. Giovani completou dizendo que se estivesse sentado de maneira normal no carro, também teria sido atingido, porque disparos também acertaram o vidro traseiro. 

CLIMA DE TRISTEZA

 

Um sobrinho de Maria da Penha disse que ela era uma pessoa de bem com a vida, carinhosa, conhecida pela alegria. Alguém que amava a família, e tinha a vida voltada para criar as filhas e cuidar do marido. Também era conhecida pelo perfil trabalhador e empenhado na profissão. Nos fins de semana, ela acostumava se reunir com a mãe e os irmãos, em Carapina, para almoçar

No supermercado onde Maria da Penha Auer trabalhava o clima é de tristeza total. A funcionária de serviços gerais do estabelecimento, Davina Ferreira da Conceição, 57 anos, lembra emocionada da gerente.

"Todo mundo está neutro. Ninguém está conseguindo acreditar no que está acontecendo. A ficha ainda não caiu. Ela era uma ótima pessoa, muito boa com todo mundo, com todos os funcionários", afirma.

A tristeza, segundo Davina, se estende também a frequentadores do supermercado, que compareceram ao local pela manhã. "Há muito cliente chateado com a situação. Muitos vieram aqui hoje, chorando, sentindo a falta dela, da alegria dela", disse.

O TIROTEIO

 O tiroteio aconteceu após um sequestro relâmpago no bairro Barcelona, na Serra, por volta das 20 horas desta segunda-feira. Maria da Penha Schopf Auer, 44 anos, gerente de um supermercado em Porto Canoa, e um dos bandidos morreram. Ela estava presa no porta-malas de um Fox prata, após sofrer um sequestro relâmpago junto com o marido, um técnico em Eletrônica, quando deixava o serviço na noite desta segunda-feira.

O casal foi abordado por três criminosos armados, quando fazia o retorno próximo ao posto BKR, na BR 101. Assim que foram rendidos, a mulher foi colocada no porta-malas e o marido, no banco de trás, com uma arma apontada para a cabeça. 

No momento em que o casal foi abordado, um policial militar de folga viu a ação dos bandidos, acionou o Ciodes e passou a seguir o carro roubado. As vítimas foram levadas para uma estrada de chão entre os bairros São Marcos e Divinópolis. No local, os bandidos desceram do veículo e pegaram os cartões de banco do marido e as senhas, para sacar dinheiro.

Neste momento, a polícia se aproximou para fazer a abordagem, e foram recebidos a tiros. Os policiais militares revidaram e os bandidos fugiram no Fox, levando as vítimas.

Na Rua Elesbão Miranda, em frente à Escola Djanira Maria de Araújo, no bairro Nossa Senhora da Conceição, foi fechado um cerco aos bandidos, e um novo tiroteio aconteceu. Dois dos bandidos foram feridos, e um conseguiu escapar.

Só então os policiais foram alertados pelo técnico em Eletrônica de que a mulher estava presa no porta-malas. As vítimas foram socorridas para o hospital Dório Silva, e para a UPA de Serra-Sede.

Maria da Penha foi atingida no pescoço, e morreu após dar entrada na UPA de Serra-Sede. No Dório Silva, um dos bandidos morreu. O outro passava por uma cirurgia até o fechamento da edição. Os dois assaltantes feridos são adolescentes. O terceiro, que fugiu, seria maior de idade. 

O irmão da gerente de vendas Maria da Penha Schopf Auer, 44 anos, morta na noite desta segunda-feira (29), ao ser atingida por um tiro no pescoço, quando estava presa no porta-malas de um Fox prata, após sofrer um sequestro relâmpago, disse acreditar que os tiros partiram da polícia. Ademar Auer falou com a imprensa na manhã desta terça-feira (30), antes de entrar no Departamento Médico Legal (DML) para reconhecer o corpo da irmã.

"Foi imprudência da polícia, né? Eles metem tiro adoidado sem nem pensar. A polícia está despreparada, foi imprudência", contou emocionado o irmão de Maria da Penha.

Ademar Auer questionou o procedimento adotado pela Polícia Militar no episódio que culminou com a morte da irmã. "A gente não concorda com a ação da polícia, o carro está cheio de marcas de bala, de calibre pesado mesmo", disse Ademar.

 

Marido de vítima diz que quase foi atingido

 

O marido de Maria da Penha Schopf Auer, o técnico em eletrônica Giovani Rui de Oliveira, 44, conversou aparentemente calmo com a reportagem, na manhã desta teça-feira (30), como se ainda não tivesse entendido por completo o fato. O homem, vítima do sequestro relâmpago que terminou com a morte de sua esposa, falou sobre o resultado da operação policial e manteve a versão que deu em depoimento no DPJ.

Giovani disse que os assaltantes mandaram os dois saírem do carro, colocaram Maria da Penha no porta-malas do veículo e seguiram com ele no banco de trás, entre dois bandidos, na mira de um revólver e com um canivete no pescoço. Durante todo o trajeto houve ameaças de morte.

O marido ainda relatou que não teve nenhuma oportunidade de avisar sobre a presença de reféns no carro para os policiais. Apenas quando o veículo colidiu com outro é que ele conseguiu sair do carro e pedir socorro, ainda sem saber que a mulher tinha sido atingida. Giovani completou dizendo que se estivesse sentado de maneira normal no carro, também teria sido atingido, porque disparos também acertaram o vidro traseiro. 

 

Clima de tristeza 

 

Um sobrinho de Maria da Penha disse que ela era uma pessoa de bem com a vida, carinhosa, conhecida pela alegria. Alguém que amava a família, e tinha a vida voltada para criar as filhas e cuidar do marido. Também era conhecida pelo perfil trabalhador e empenhado na profissão. Nos fins de semana, ela acostumava se reunir com a mãe e os irmãos, em Carapina, para almoçar

No supermercado onde Maria da Penha Auer trabalhava o clima é de tristeza total. A funcionária de serviços gerais do estabelecimento, Davina Ferreira da Conceição, 57 anos, lembra emocionada da gerente.

"Todo mundo está neutro. Ninguém está conseguindo acreditar no que está acontecendo. A ficha ainda não caiu. Ela era uma ótima pessoa, muito boa com todo mundo, com todos os funcionários", afirma.

A tristeza, segundo Davina, se estende também a frequentadores do supermercado, que compareceram ao local pela manhã. "Há muito cliente chateado com a situação. Muitos vieram aqui hoje, chorando, sentindo a falta dela, da alegria dela", disse.

O tiroteio

 

O tiroteio aconteceu após um sequestro relâmpago no bairro Barcelona, na Serra, por volta das 20 horas desta segunda-feira. Maria da Penha Schopf Auer, 44 anos, gerente de um supermercado em Porto Canoa, e um dos bandidos morreram. Ela estava presa no porta-malas de um Fox prata, após sofrer um sequestro relâmpago junto com o marido, um técnico em Eletrônica, quando deixava o serviço na noite desta segunda-feira.

O casal foi abordado por três criminosos armados, quando fazia o retorno próximo ao posto BKR, na BR 101. Assim que foram rendidos, a mulher foi colocada no porta-malas e o marido, no banco de trás, com uma arma apontada para a cabeça. 

No momento em que o casal foi abordado, um policial militar de folga viu a ação dos bandidos, acionou o Ciodes e passou a seguir o carro roubado. As vítimas foram levadas para uma estrada de chão entre os bairros São Marcos e Divinópolis. No local, os bandidos desceram do veículo e pegaram os cartões de banco do marido e as senhas, para sacar dinheiro.

Neste momento, a polícia se aproximou para fazer a abordagem, e foram recebidos a tiros. Os policiais militares revidaram e os bandidos fugiram no Fox, levando as vítimas.

Na Rua Elesbão Miranda, em frente à Escola Djanira Maria de Araújo, no bairro Nossa Senhora da Conceição, foi fechado um cerco aos bandidos, e um novo tiroteio aconteceu. Dois dos bandidos foram feridos, e um conseguiu escapar.

Só então os policiais foram alertados pelo técnico em Eletrônica de que a mulher estava presa no porta-malas. As vítimas foram socorridas para o hospital Dório Silva, e para a UPA de Serra-Sede.

Maria da Penha foi atingida no pescoço, e morreu após dar entrada na UPA de Serra-Sede. No Dório Silva, um dos bandidos morreu. O outro passava por uma cirurgia até o fechamento da edição. Os dois assaltantes feridos são adolescentes. O terceiro, que fugiu, seria maior de idade. 

 

Polícias Civil e Militar vão investigar o caso

Comandante do 6º Batalhão da Polícia Militar, na Serra, coronel Nylton Rodrigues, garantiu que a ação que resultou na morte da gerente de supermercado Maria da Penha Schopf Auer e de um dos assaltantes – além de ter ferido outro, gravemente – será apurada não só pela Polícia Civil, mas também pela própria instituição militar, por meio de sua Corregedoria.

“A Corregedoria vai abrir um Inquérito Policial Militar para apurar as circunstâncias do fato. A perícia está no local, e todos os dados da ocorrência serão entregues à Polícia Civil”, disse o coronel.

 

Ele explicou que dois revólveres calibre 38, com munição deflagrada, foram apreendidos no local do crime. E que as armas dos policiais também foram recolhidas para comparação balística.

O coronel disse que a orientação padrão dada na instrução de tiro fornecida pela Polícia Militar do Espírito Santo é pela preservação da vida, com base no Método Girald – conjunto de técnicas e normas criado por Nilson Giraldi.

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Em linhas gerais, o método consiste na não realização do disparo quando ele puder causar risco a vítimas. Nilton Rodrigues, porém, não quis tecer considerações sobre o que teria acontecido ontem à noite, na Serra. 

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