> >
Algemado e com roupa de presidiário, Hilário chega ao Fórum para audiência

Algemado e com roupa de presidiário, Hilário chega ao Fórum para audiência

Ao contrário do que aconteceu em outubro, quando deixou a prisão para ir ao dentista e chegou ao local sem algemas, dessa vez o policial civil não teve regalias

Publicado em 16 de janeiro de 2018 às 12:36

Ícone - Tempo de Leitura 0min de leitura
Hilário Frasson e o pai, Esperidião Frasson chegam ao Fórum Criminal de Vitória, nesta terça-feira (16). Eles são acusados de serem mandantes do assassinato de Milena Gottardi. (Bernardo Coutinho)

Algemado e com roupas do sistema prisional, Hilário Frasson chegou ao Fórum Criminal de Vitória às 9h desta terça-feira (16) acompanhado do pai, Esperidião Frasson, para o primeiro dia de audiências do processo de julgamento do assassinato da médica Milena Gottardi. Ao contrário do que aconteceu em outubro, quando deixou a prisão para ir ao dentista e chegou ao local sem algemas, dessa vez o policial civil não teve regalias. 

Hilário e o pai dele, Esperidião, são acusados de serem os mandantes do crime que culminou com a morte de Milena.  A médica foi baleada na saída do Hospital Universitário Cassiano Antonio Moraes (Hucam), em 14 de setembro do ano passado, em Vitória, e morreu no dia seguinte.

A mãe e o irmão de Milena Gottardi compõem o quadro de testemunhas de acusação que serão ouvidas neste primeiro dia de audiências do processo de julgamento do assassinato da médica. Serão nove testemunhas de acusação intimadas pelo Ministério Público no primeiro dia. A primeira pessoa da lista é o delegado responsável pelo caso, Janderson Lube.

A mãe de Milena, Zilca Gottardi, e o irmão, Douglas Gottardi, prestarão depoimento também nesta terça, além de outras quatro pessoas. A continuidade das audiências com as testemunhas de acusação acontece nesta quarta-feira (17), quando serão ouvidas mais oito testemunhas.

Na época que Milena foi morta, Zilca chegou a dizer que Hilário tinha um comportamento bipolar, com atitudes agressivas. “Eu sinto pavor de Hilário, onde ele estava, o ambiente ficava pesado e instável”, revelou em depoimento à polícia.

RÉUS PRESENTES

Dionathas Alves Vieira, acusado de ser o executor dos disparos, por decisão judicial, será conduzido e ficará separado dos outros cinco réus no processo. Segundo o advogado de defesa de Dionathas, Leonardo Rocha, foi uma solicitação da defesa e acolhida pelo juiz que preserva a integridade física e moral do réu.

“É de extrema importância não só pela preservação da sua vida

mas também para o próprio processo tendo em vista ser o seu depoimento determinante para o esclarecimento dos fatos e indicação dos demais coautores e partícipes do crime”, informou.

O restante das audiências serão realizadas nos dias 30 e 31 de janeiro. No primeiro dia, serão chamadas as pessoas apontadas pelas defesas dos denunciados como mandantes do assassinato da médica: Hilário Frasson e o pai dele, Esperidião Frasson.

Na lista de testemunhas convocadas pelo advogado de defesa Hilário, Homero Mafra, foram intimadas 13 pessoas, entre elas um desembargador aposentado, dois assessores de desembargador, o chefe da Polícia Civil do Espírito Santo, Guilherme Daré, e um padre da Igreja Católica, José Pedro Luchi.

Já no dia 31 de janeiro, devem comparecer as testemunhas apontadas pela defesa de Hermenegildo Palauro Filho, conhecido como Judinho, e Valcir da Silva Dias, ambos acusados de serem intermediários do crime. As audiências para ouvir as testemunhas de defesa de Dionathas e Bruno Rodrigues Broetto, acusado de ter roubado a moto do crime, ainda não foram marcadas.

Este vídeo pode te interessar

Durante as audiências de instrução do processo, são ouvidas testemunhas, ocorre o interrogatório do réu e, se for o caso, são apresentadas as alegações finais. Após essas audiências, o juiz vai analisar e pode ou não decidir se pronuncia ou não o acusado, ou seja,se ele vai ou não a júri popular. Quando o juiz decide pela pronúncia, ele não está decidindo se o réu é ou não culpado, mas se há indícios de autoria do crime.

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais