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Banhista tem pernas e braços queimados por águas-vivas em Camburi

Banhista tem pernas e braços queimados por águas-vivas em Camburi

Animais marinhos são comuns em dias de temperaturas altas, afirma biólogo

Publicado em 3 de janeiro de 2018 às 00:07

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Águas-vivas foram capturadas em uma sacola na Praia de Camburi, em Vitória. (Internauta / Amanda Maria Barros)

A estação mais quente do ano pede um banho refrescante de mar. Porém, quem foi a Praia de Camburi, em Vitória, nesta terça-feira (02), se surpreendeu com a quantidade de água-vivas. O animal marinho provocou queimaduras nos banhistas.

A comerciante Amanda Maria Barros, de 34 anos, foi a praia com as duas filha e o marido para curtir o dia de folga. Quando entrou no mar próximo ao quiosque oito, no final da orla de Camburi, teve contado com as águas-vivas. Amanda teve queimaduras nos braços, em uma das mãos e nas pernas.

“A praia de Camburi está infestada de água-vivas. Algumas pessoas falaram que elas estavam afastadas, em alto mar, mas depois apareceram na beira da praia”, relatou Amanda.

Amanda afirma ainda que três crianças também tiveram queimaduras, e que os turistas ficaram impressionados com a quantidade de águas-vivas no local. Algumas pessoas foram embora após o ocorrido.

Amanda afirma ter visto mais de dez água-vivas na praia. Ela conta que, quando chegou em casa, começaram a aparecer bolhas nos locais onde foi queimada.

Há uma semana, o Gazeta Online noticiou que surfistas foram queimados pelo animal na praia de Regência, em Linhares. Houve também relatos em Fundão e Aracruz.

COMUNS NO VERÃO

O biólogo e comentarista da rádio CBN Vitória, Marco Bravo, explicou que no verão é comum as águas-vivas ficarem mais ativas. Ao se depararem com algum banhista, ela não o ataca, mas se defende.

“Não é um ataque. É uma defesa. O homem não é uma presa da água-viva. O homem que ocupou o espaço que ela estava e, para se proteger, ela liberou a célula urticante”, comentou.

Bravo informou que em mares muito poluídos é comum o aparecimento de água-viva. No entanto, ele afirma que esse não é o caso da Praia de Camburi. O principal fator, na avaliação do especialista, é o calor.

“Nos perguntamos: por que está tendo muita água-viva? Quem é o predador dela? São as tartarugas e determinados peixes. Se há muita água-viva é porque está acontecendo um desequilíbrio. No nosso caso (de Camburi) o causador é o verão. Quando faz calor, ela deixa de ficar fixa e fica mais ativa”, explicou.

Ao ser atingido por uma água-viva, o biólogo orienta que o banhista procure um posto de saúde. De acordo com ele, o médico irá prescrever o remédio ideal a ser passado na queimadura. Além disso, Bravo destacou que ao ver que no mar tem água-viva, é melhor não entrar na água.

“Não há necessidade de a prefeitura sinalizar que no local há o animal porque não tem como prever. Elas se movem. A água-viva não é uma coisa fixa. A administração municipal já se responsabiliza em informar sobre a balneabilidade das praias”, conclui.

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