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Caso Milena: defesa de Dionathas e Bruno está otimista

Caso Milena: defesa de Dionathas e Bruno está otimista

As oitivas acontecem no Fórum Criminal de Vitória desde às 9h desta terça-feira (16)

Publicado em 16 de janeiro de 2018 às 19:44

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Leonardo Rocha, advogado dos acusados Bruno e Dionathas. (Carlos Alberto Silva | GZ)

A defesa de Dionathas Alves Vieira — acusado de atirar contra a médica Milena — e de Bruno Rodrigues Broetto — acusado de ter roubado a moto utilizada por Dionathas no dia do crime — mostrou-se otimista durante a pausa para almoço neste primeiro dia de audiências do processo de julgamento do assassinato de Milena Gottardi. As oitivas acontecem no Fórum Criminal de Vitória desde às 9h desta terça-feira (16).

"O depoimento do delegado (Janderson Lube) foi esclarecedor. Não há uma testemunha que indique que o Bruno sabia do crime, não há uma interceptação telefônica. Essa ausência de provas contra ele foi determinante", afirma o advogado Leonardo da Rocha de Souza, que representa Bruno e Dionathas.

Dionathas confessou ter atirado em Milena quando ela saía do plantão no Hucam, em Vitória, em setembro do ano passado. Ele afirma que cobrou R$ 2 mil pelo serviço e que dividiu o dinheiro com Bruno. O trabalho de Bruno teria sido roubar uma moto, que foi utilizada por Dionathas no crime. Segundo o advogado, Bruno não sabia que a moto roubada seria utilizada no assassinato da médica.

Leonardo diz que Dionathas colabora desde o início com as investigações. "Foi ele que indicou onde Bruno estava, ele que mostrou aonde estava a moto usada no crime, foi a partir dele que chegaram aos demais acusados. Se isso não for colaboração, eu não sei que é", ressaltou o advogado.

"Para a defesa esses depoimentos foram muito bons", finalizou.

RÉUS PRESENTES

Dionathas Alves Vieira, acusado de ser o executor dos disparos, por decisão judicial, será conduzido e ficará separado dos outros cinco réus no processo. Segundo o advogado de defesa de Dionathas, Leonardo Rocha, foi uma solicitação da defesa e acolhida pelo juiz que preserva a integridade física e moral do réu.

“É de extrema importância não só pela preservação da sua vida mas também para o próprio processo tendo em vista ser o seu depoimento determinante para o esclarecimento dos fatos e indicação dos demais coautores e partícipes do crime”, informou.

O restante das audiências serão realizadas nos dias 30 e 31 de janeiro. No primeiro dia, serão chamadas as pessoas apontadas pelas defesas dos denunciados como mandantes do assassinato da médica: Hilário Frasson e o pai dele, Esperidião Frasson.

Na lista de testemunhas convocadas pelo advogado de defesa Hilário, Homero Mafra, foram intimadas 13 pessoas, entre elas um desembargador aposentado, dois assessores de desembargador, o chefe da Polícia Civil do Espírito Santo, Guilherme Daré, e um padre da Igreja Católica, José Pedro Luchi.

Já no dia 31 de janeiro, devem comparecer as testemunhas apontadas pela defesa de Hermenegildo Palauro Filho, conhecido como Judinho, e Valcir da Silva Dias, ambos acusados de serem intermediários do crime. As audiências para ouvir as testemunhas de defesa de Dionathas e Bruno Rodrigues Broetto, acusado de ter roubado a moto do crime, ainda não foram marcadas.

Durante as audiências de instrução do processo, são ouvidas testemunhas, ocorre o interrogatório do réu e, se for o caso, são apresentadas as alegações finais. Após essas audiências, o juiz vai analisar e pode ou não decidir se pronuncia ou não o acusado, ou seja,se ele vai ou não a júri popular. Quando o juiz decide pela pronúncia, ele não está decidindo se o réu é ou não culpado, mas se há indícios de autoria do crime.

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