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Caso Milena: polícia já desconfiava de Hilário desde o dia do crime

Caso Milena: polícia já desconfiava de Hilário desde o dia do crime

O Gazeta Online teve acesso com exclusividade ao depoimento do delegado Janderson Lube, que chefiou as investigações do crime

Publicado em 18 de janeiro de 2018 às 23:36

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Hilário chegou correndo ao estacionamento do Hucam após saber que Milena havia sido baleada. (Edson Chagas | Arquivo GZ)

O ex-marido de Milena Gottardi, o policial Hilário Frasson, foi considerado suspeito de mandar matar Milena desde a noite em que a médica foi baleada, em 14 de setembro. O envolvimento dele foi cogitado ainda na Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), onde se recusou a entregar o telefone para a delegada de plantão.

A afirmação foi feita pelo delegado Janderson Lube, titular da Delegacia de Homicídios e Proteção à Mulher (DHPM), que chefiou as investigações do crime, durante depoimento no Fórum Criminal de Vitória, ao qual o Gazeta Online teve acesso com exclusividade.

"Hilário passou a ser suspeito no momento em que, na sexta-feira (dia seguinte ao crime), na análise feita acerca das provas colhidas pela equipe de plantão na noite do delito, desconfiou em razão da resistência de Hilário em apresentar o aparelho celular, mas tudo foi tratado com muito cuidado para não culpá-lo antecipadamente", descreveu. O delegado disse ainda que a suspeita ganhou força ao longo das investigações.

Foi por meio do acesso ao celular e à quebra do sigilo telefônico que a polícia reuniu informações sobre a ligação entre os mandantes, intermediários e executores, segundo o delegado.

Uma das provas mais fortes contra o ex-marido que levou ao pedido de prisão de Hilário foi a carta deixada pela médica em que ela relatava a situação que vivia e dizia temer pela própria vida, indicando até mesmo com quem deveriam ficar as filhas caso algo acontecesse à vida dela.

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"A própria carta descontruía o depoimento de Hilário prestado no plantão da DHPP, já que ele descrevia que o divórcio corria bem", pontuou Janderson Lube. "Análise dos históricos de chamadas mostraram, em especial, a sequência de ligações feitas por Hilário para Milena, no dia do crime, e em seguida ao pai, Esperidião. Este, por sua vez, liga para Valcir. A análise dos vínculos permitiu a identificação da localização de cada um por ocasião da data do crime e para comprovar que os intermediários estavam no local do crime", disse em depoimento.

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