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'Ele não matou apenas Milena, mas toda a família', diz tio da médica

"Ele não matou apenas Milena, mas toda a família", diz tio da médica

Familiares preparam manifestação pacífica no dia 16 de janeiro, quando se iniciam as audiências do caso

Publicado em 12 de janeiro de 2018 às 21:21

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Após ter sido baleada na cabeça, Milena Gottardi Tonini Frasson não resistiu aos ferimentos e morreu no dia 15 de setembro. ( Reprodução/Facebook)

Os familiares da médica assassinada Milena Gottardi preparam uma manifestação na porta da 1ª Vara Criminal de Vitória no dia em que começam as audiências do caso, nesta terça-feira (16). Eles pedem agilidade no andamento do processo. "Hilário não matou apenas Milena, mas toda a família”, diz o tio da médica, Geraldo Gottardi (Veja entrevista completa no final da matéria).

Ele acrescenta que será feita uma manifestação pacífica para mostrar que a família deseja justiça diante da crueldade cometida contra a médica. “Crueldade também com as filhas e a família, que tiveram problemas psicológicos”, acrescenta.

DE MUDANÇA

Geraldo contou ainda que que a família terá que se mudar da Grande Vitória devido ao novo emprego do irmão de Milena, Douglas Gottardi, que hoje possui a guarda das filhas da médica.

"O orçamento foi reduzido, mas estamos tentando dar o mesmo padrão de vida que tinham com a mãe, porque pai elas nunca tiveram. Elas estão passando por tratamento psicológico, mas estão bem. Às vezes perguntam: 'Cadê a mamãe?' Mas temos que falar que ela está no céu cuidando delas”, disse.

TESTEMUNHAS

Alguns familiares de Milena serão testemunhas de acusação nas audiências marcadas para os dias 16, 17, 30 e 31 de janeiro. Entre eles está a mãe da médica, Zilca Gottardi, e o irmão, Douglas Gottardi.

Ambos já haviam prestado depoimento à Polícia Civil e relataram a dificuldade do policial civil Hilário Frasson em aceitar a separação. Zilca chegou a dizer que Hilário tinha um comportamento bipolar, com atitudes agressivas. “Eu sinto pavor de Hilário, onde ele estava o ambiente ficava pesado e instável”, revelou em depoimento.

O CASO

Milena foi baleada no estacionamento do Hospital das Clínicas (Hucam) ao sair do trabalho no dia 14 de setembro. No dia seguinte, ela teve a morte declarada. O ex-marido Hilário Frasson e o pai dele, Esperidião Frasson, são acusados de serem os mandantes do crime.

Segundo as investigações, pai e filho utilizaram dois intermediários, Valcir da Silva Dias e Hermenegildo Palaoro Filho, amigos da família há mais de 30 anos, para ajudar no assassinato e contratar um matador.

Dionathas Alves Vieira, apontado pela polícia como executor, estava desempregado quando recebeu a proposta de R$ 2 mil para matar a médica. Ele, por sua vez, encomendou ao cunhado, Bruno Rodrigues Broetto, o roubo de uma moto para usar no dia do crime.

ENTREVISTA

O tio de Milena Gottardi, Geraldo Gottardi, falou ao Gazeta Online sobre a audiência e as mudanças que ocorreram na vida da família depois da morte da médica:

Vocês vão acompanhar as audiências?

Sim. No primeiro dia a mãe e irmão de Milena vão ser testemunha, mas pretendemos acompanhar todos os dias.

Vocês preparam alguma coisa para o dia?

Vamos organizar uma manifestação pacífica, mas ainda não sei como vai ser. Queremos mostrar que desejamos que a pena seja a maior possível e seja dada de forma rápida diante da crueldade. Crueldade também com as filhas e família que tiveram problemas psicológicos.

As filhas de Milena ainda moram em Vitória?

Ainda, sim. No entanto, terão que se mudar com a família da Grande Vitória devido ao novo emprego de Douglas. Ele estava morando na Espanha, mas precisou voltar por causa da morte de Milena. O orçamento foi reduzido, mas estamos tentando dar o mesmo padrão de vida para as meninas que tinham com a mãe, porque pai elas nunca tiveram.

Como elas estão?

Elas estão passando por tratamento psicológico, mas estão bem. Às vezes perguntam: “Cadê a mamãe?". Mas temos que falar que ela está no céu cuidando delas.

 

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