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Justiça começa a ouvir testemunhas do caso Milena Gottardi

Justiça começa a ouvir testemunhas do caso Milena Gottardi

A primeira testemunha convocada pelo Ministério Público a ser ouvida é o delegado responsável pelo caso, Janderson Lube

Publicado em 16 de janeiro de 2018 às 01:05

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A média Milena Gottardi foi baleada na cabeça no estacionamento do Hospital das Clínicas em Vitória. (Facebook)

A mãe e o irmão de Milena Gottardi compõem o quadro de testemunhas de acusação no primeiro dia de audiências do processo de julgamento do assassinato da médica que acontece nesta terça-feira (16), no Fórum Criminal de Vitória. A médica foi baleada na saída do Hospital Universitário Cassiano Antonio Moraes (Hucam), em 14 de setembro do ano passado, em Vitória, e morreu no dia seguinte.

Serão nove testemunhas de acusação intimadas pelo Ministério Público no primeiro dia. As audiências começam às 9h, quando serão ouvidas três testemunhas. A primeira pessoa da lista é o delegado responsável pelo caso, Janderson Lube.

A mãe de Milena, Zilca Gottardi, e o irmão, Douglas Gottardi, prestarão depoimento na parte da tarde, além de outras quatro pessoas. A continuidade das audiências com as testemunhas de acusação acontece nesta quarta-feira (17), quando serão ouvidas mais oito testemunhas.

Na época que Milena foi morta, Zilca chegou a dizer que Hilário tinha um comportamento bipolar, com atitudes agressivas. “Eu sinto pavor de Hilário, onde ele estava, o ambiente ficava pesado e instável”, revelou em depoimento à polícia.

O advogado de acusação, Renan Sales, confirmou a presença de Zilca no fórum, que poderia optar por ser ouvida em outro local. “A acusação entende que o processo já tem prova técnica robusta confirmando a autoria do crime, mas vamos ouvir as testemunhas e confirmar os fatos da denúncia”, afirma

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Eu sinto pavor de Hilário, onde ele estava o ambiente ficava pesado e instável

Mãe de Milena em depoimento à polícia
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RÉUS PRESENTES

O Tribunal de Justiça informou que os réus serão conduzidos ao local, mas não sabe se estarão presentes em todos os depoimentos. O TJES informou ainda que a segurança dos réus presos é de responsabilidade da Secretaria de Estado da Justiça (Sejus).

Dionathas Alves Vieira, acusado de ser o executor dos disparos, por decisão judicial, será conduzido e ficará separado dos outros cinco réus no processo. Segundo o advogado de defesa de Dionathas, Leonardo Rocha, foi uma solicitação da defesa e acolhida pelo juiz que preserva a integridade física e moral do réu.

“É de extrema importância não só pela preservação da sua vida mas também para o próprio processo tendo em vista ser o seu depoimento determinante para o esclarecimento dos fatos e indicação dos demais coautores e partícipes do crime”, informou.

O restante das audiências serão realizadas nos dias 30 e 31 de janeiro. No primeiro dia, serão chamadas as pessoas apontadas pelas defesas dos denunciados como mandantes do assassinato da médica: Hilário Frasson e o pai dele, Esperidião Frasson.

Na lista de testemunhas convocadas pelo advogado de defesa Hilário, Homero Mafra, foram intimadas 13 pessoas, entre elas um desembargador aposentado, dois assessores de desembargador, o chefe da Polícia Civil do Espírito Santo, Guilherme Daré, e um padre da Igreja Católica, José Pedro Luchi.

Já no dia 31 de janeiro, devem comparecer as testemunhas apontadas pela defesa de Hermenegildo Palauro Filho, conhecido como Judinho, e Valcir da Silva Dias, ambos acusados de serem intermediários do crime. As audiências para ouvir as testemunhas de defesa de Dionathas e Bruno Rodrigues Broetto, acusado de ter roubado a moto do crime, ainda não foram marcadas.

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Durante as audiências de instrução do processo, são ouvidas testemunhas, ocorre o interrogatório do réu e, se for o caso, são apresentadas as alegações finais. Após essas audiências, o juiz vai analisar e pode ou não decidir se pronuncia ou não o acusado, ou seja,se ele vai ou não a júri popular. Quando o juiz decide pela pronúncia, ele não está decidindo se o réu é ou não culpado, mas se há indícios de autoria do crime.

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