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Mesas e cadeiras próximas ao mar dividem opiniões em Itaparica

Mesas e cadeiras próximas ao mar dividem opiniões em Itaparica

Em alguns pontos é possível ver que as cadeiras e mesas ficam quase dentro da água

Publicado em 5 de janeiro de 2018 às 20:57

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Proximidade da água com as cadeiras e mesas é de poucos metros. (Kaique Dias)

Os banhistas que utilizam a Praia de Itaparica em alguns pontos da orla tem que dividir espaço com cadeiras, mesas e guarda-sóis dos quiosques da região. Isso acontece principalmente no verão, segundo pessoas que moram no local e convivem com essa realidade. A situação piorou com a redução da área de areia da praia devido a erosão.

O problema é visível em qualquer horário do dia, principalmente nessa época do ano, em que há turistas de vários Estados na praia. A professora Paula Vivaldi, de 35 anos, mora perto da praia. Ela diz que durante a manhã já pediram para ela não ficar próximo às mesas, a não ser que sentasse e consumisse algo.

“Há dois dias atrás eu chegue aqui por volta de 8 horas. Eu e mais duas senhoras estávamos aqui. Um rapaz pediu para que a gente se retirasse porque tinha que colocar a mesa do quiosque. Ficamos revoltadas, com um pouco de medo de discutir na hora”, declarou.

Em alguns pontos é possível ver que as cadeiras e mesas ficam a poucos metros da água da praia. Banhistas convivem com quem está consumindo. Assista ao vídeo abaixo:

A técnica em logística Clariana de Oliveira, de 60 anos, também estava tomando banho na Praia de Itaparica. Ela não concorda com a situação e reclama que a quantidade de cadeiras na orla atrapalha o espaço livre para banhistas em alguns pontos. “Chega a ser constrangedor porque a gente chega na praia, traz a cadeira e um sombreiro e eles já tomaram a praia toda e temos que ir para muito perto da água ou temos que sentar nas cadeiras deles e fazer o consumo mínimo, que é de R$ 50,00”, detalhou.

Alguns turistas e outras banhistas que utilizam as mesas e cadeiras próximo das praias concordam com a posição das cadeiras e mesas, mas acreditam que não pode haver exageros. “Pelo que eu estou vendo aqui não acho que esteja atrapalhando. A gente consegue ver as pessoas passando normalmente ali perto da água. Eu mesmo vim andando de longe e não atrapalhou”, disse o programador Filipe Afonso Santiago, de 26 anos, que veio de Minas Gerais.

“Eu gosto porque a gente fica próximo do mar. Você consegue ter um visual legal da região, não gosto de ficar muito no fundo. O ideal da praia é o mar, mas tem que ter opção. Ninguém é obrigado a nada não”, disse.

DONOS DE QUIOSQUES DIZEM TER AUTORIZAÇÃO

Alguns quiosqueiros se defendem e dizem que não há consumo mínimo para ficar na região das cadeiras, até mesmo para sentar em alguma delas. Eles ressaltam que têm autorização da prefeitura para colocar uma quantidade mínima de cadeiras e mesas.

A dona de um dos quiosques, Eliane Cardoso, de 49 anos, garante que evita colocar as cadeiras e mesas próximo da água, mas muitos clientes acabam fazendo isso espontaneamente. “A gente tenta falar que atrapalha, que a prefeitura pode multar. Tentamos conversar, mas fica difícil conversar com cada um e ele te ouvir”, explicou.

O sócio de um dos estabelecimentos, Renan Zoppe Barros, de 18 anos, acredita que a erosão da orla também atrapalha, deixando a praia menor e fazendo parecer que as cadeiras estão mais próximas da água. “A praia está passando pela erosão e as cadeiras acabam ficando muito próximas uma das outras. Acaba que a gente coloca um pouquinho mais pra fora pra ficar confortável para os clientes”, destacou.

PREFEITURA GARANTE QUE VAI FISCALIZAR 

Após contato da reportagem, a prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (Semsu), garantiu que vai enviar uma equipe de fiscalização para verificar a situação. A prefeitura de Vila Velha já é responsável pelas praias, após adquirir a posse pela Superintendência de Patrimônio da União (SPU). 

A prefeitura confirmou que são permitidos 30 jogos de cadeiras e mesas na região e, em caso de necessidade no verão, são permitidos 50 jogos, desde que as cadeiras e mesas estejam ocupadas. A prefeitura ponderou que, como assumiu a posse das praias recentemente, está trabalhando para melhorar a convivência na orla, evitando também o bloqueio das praias. 

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A administração orientou que denúncias sejam feitas por meio da Ouvidoria, no número 162.

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