O Espírito Santo é um pedaço de terra cercado de ocorrências de cangaço moderno e de explosões de caixas eletrônicos. Foi com essa referência aos grupos criminosos que marcaram época no nordeste brasileiro que o secretário de Segurança do Espírito Santo, André Garcia, falou sobre o assalto a uma agência do Banco do Brasil, que aconteceu na madrugada desta terça-feira (21), no bairro Coqueiral de Itaparica, Vila Velha.
Na avaliação de André Garcia, o estado é cercado por vizinhos que têm grande incidência de assaltos com explosões em bancos. Por isso, acredita que os criminosos que roubaram três caixas de dinheiro no banco de Vila Velha podem ser forasteiros. Garcia ainda afirmou que não acredita na possibilidade do crime ter sido realizado por criminosos que vieram para o estado após a intervenção federal no Rio de Janeiro.
Essas ocorrências não são comuns aqui, mas acontecem muito na Bahia, Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro. A ação policial precisa ser rápida para identificar a quadrilha, que eu acredito que não seja do estado. É do Rio? Não sei, pode ser de São Paulo, pode ser de Minas Gerais. Não tem nada a ver com a intervenção que aconteceu no Rio de Janeiro. É um fato que nós esperamos que seja isolado, e que vai ser investigado, avaliou Garcia.
O secretário também argumentou para explicar a relação feita entre o assalto de Vila Velha e os cangaceiros - grupos que criminosos que atacavam cidades pacatas do nordeste no final dos séculos XIX e início do século XX.
O cangaço moderno é quando (os criminosos) chegam com armamento pesado, metralham e tentam matar policiais naqueles municípios que têm poucos policiais, explodem a agência e levam o dinheiro. Essas ocorrências acontecem muito. Essa é uma ocorrência que nós estávamos monitorando há muito tempo com a possibilidade disso acontecer eventualmente aqui no Estado. Aconteceu um agora, por isso que a reação tem que ser precisa, concluiu o secretário.
O comandante-geral da PM, coronel Nylton Rodrigues, diz que o setor de inteligência da Polícia Militar está trabalhando em conjunto com a Polícia Civil para solucionar o caso.
Pelas características da ação criminosa foi algo planejado. Eu já disponibilizei ao chefe da Polícia Civil o nosso serviço de inteligência para apoiar as investigações e dar uma resposta à altura para esse tipo de ação para essa ousadia. Esse tipo de crime tem acontecido muito nos estados vizinhos, mas no nosso estado não. Por isso, temos que agir com força e prioridade. Temos que identificar e prender (os assaltantes), disse o comandante-geral da PM.
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