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Antidoping: oito oficiais da PM do Espírito Santo são afastados

Antidoping: oito oficiais da PM do Espírito Santo são afastados

Em nota, a corporação informou que o afastamento se deu porque alguns oficiais foram reprovados e outros se recusaram a fazer o exame toxicológico

Publicado em 16 de fevereiro de 2018 às 18:33

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Entrada do Quartel da PM em Maruípe, Vitória. (Ricardo Medeiros)

Oito policiais militares do Espírito Santo, com patentes oficiais, foram afastados das funções. A informação está em uma publicação interna da PM, feita nesta quinta-feira (15), pelo Comando Geral. Questionada pelo G1 ES, a Polícia Militar informou, em nota, que o afastamento se deu porque alguns oficiais foram reprovados e outros se recusaram a fazer o exame toxicológico, realizado em dezembro de 2017.

"Os militares afastados responderão ao Conselho de Justificação, com direito à ampla defesa e contraditório", diz a PM.

Os militares afastados têm as patentes de tenente, tenente-coronel, capitão e major. A reportagem não vai identificá-los antes da defesa de cada um. A publicação foi assinada pelo comandante geral da Polícia Militar do Espírito Santo, coronel Nylton Rodrigues.

Na decisão, ele informa que os oficiais listados devem devolver armas e outros equipamentos da função ao Comando, determinou o bloqueio de pagamento das escalas oficiais (a não ser aquelas que já foram trabalhadas no mês).

Também foram invalidadas as designações para funções gratificadas que esses oficiais viessem a cumprir.

O EXAME

A Polícia Militar convocou aspirantes a oficiais e oficiais para realizarem a coleta de material para exame toxicológico/antidoping em dezembro de 2017. Segundo a Associação dos Oficiais Militares do Espírito Santo (Assomes), foi a primeira vez que essa exigência foi feita depois que os militares já iniciaram a carreira. Até então o exame era solicitado apenas como uma das etapas de ingresso.

Essa exigência faz parte da atualização da lei de promoções, feita no início de 2017. Além de oficiais combatentes, também estão convocados médicos, dentistas, farmacêuticos-bioquímicos e enfermeiros (funcionários públicos do Hospital da Polícia Militar).

De acordo com a publicação, o exame toxicológico/antidoping exigido é do tipo "janela de larga detecção", que vai identificar o uso de qualquer tipo de droga que o militar possa ter feito nos últimos seis meses.

Na publicação feita em dezembro estavam listados 315 militares, que estão no chamado "quadro de acesso": os que têm a intenção de progredirem na carreira militar. A punição já havia sido anunciada na época: quem se recusasse a fazer o teste, ou tivesse resultado positivo, seria afastado das funções.

Além do afastamento, aspirantes a oficias serão submetidos a Conselho de Disciplina e os oficiais a Conselho de Justificação. O resultado pode ser demissão.

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Conforme a publicação, estariam se recusando a fazer o exame os militares que não comparecessem ao Hospital da Polícia Militar (HPM) no dia marcado ou o comparecimento sem a condição de coleta de material. Para isso, o militar deveria possuir 3,5 cm de cabelo no couro cabeludo. Não possuindo, deveria ter 1,5 cm de pelo nas axilas, peito, braços, pernas ou púbis.

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