O último dia de audiência do caso Milena Gottardi ocorrerá nesta sexta-feira (23), a partir das 9 horas, no Fórum Criminal de Vitória. Serão ouvidas duas testemunhas de defesa do policial civil Hilário Frasson, entre eles o padre Pedro Luchi e, em seguida, os seis réus. A médica foi baleada no estacionamento do Hucam, no dia 14 de setembro do ano passado, e teve morte cerebral declarada no dia seguinte. O ex-marido é acusado de ser um dos mandantes do crime.
A primeira pessoa a ser ouvida será Luchi, que celebrou o casamento da médica com o policial. Na época do crime, ele disse que ficou em choque com a notícia. O que aconteceu feriu a todos nós. Agora é ter fé em Deus para cicatrizar todas as feridas, declarou. Logo após o padre, será a vez do empresário Gustavo Pimentel Simões. Ele e Luchi seriam ouvidos no dia 30 de janeiro, mas alegaram estar viajando na data.
Em seguida, será a vez dos réus: o ex-marido, Hilário Frasson, e o sogro, Esperidião Frasson, ambos acusados de serem os mandantes do crime; Valcir da Silva Dia e Hermenegildo Palaoro Filho, apontados como os intermediários; Dionathas Alves Vieira, acusado de ser o executor; e Bruno Broetto, que teria fornecido a moto para o crime. O juiz da 1ª Vara Criminal Marcos Sanches pode modificar a ordem.
Para o advogado de acusação Renan Sales, já há prova suficiente da participação dos suspeitos. Já há prova forte de autoria e materialidade criminosa dos seis acusados que vitimou Milena. Negar os fatos é uma mera tentativa de exercer a defesa, disse.
No entanto, o advogado Leonardo Rocha, defensor de Bruno e Dionathas, aponta que será um dia decisivo para se fazer Justiça. Será o dia de separar o joio do trigo, evitando nesse processo uma condenação por 'atacado' ou por 'combo', visto que, após a oitava de mais de 15 testemunhas de acusação, verificou-se que nenhum deles afirmou o envolvimento do Bruno no crime e nem mesmo do suposto roubo da moto utilizada, afirma. Já Dionathas poderá continuar colaborando com os fatos, conclui.
OUTRAS TESTEMUNHAS
As audiências com testemunhas de defesa e acusação começaram nos dias 16 e 17 de janeiro, quando no total 17 depoentes foram ouvidos. As audiências tiveram continuidade nos dias 30 e 31 do mesmo mês, quando mais 12 testemunhas foram ouvidas. Entre elas, a mãe de Milena, Zilca Gottardi, e o irmão, Douglas Gottardi. Alguns depoimentos estão sendo feitos por carta precatória.
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