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Central Carapina: 'Covardia', diz família de jovem morto pela polícia

Central Carapina: 'Covardia', diz família de jovem morto pela polícia

A tia de Deusimar contou também que a família está revoltada porque a polícia alegou uma versão diferente da que realmente aconteceu

Publicado em 22 de fevereiro de 2018 às 19:25

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O homicídio aconteceu em Central Carapina, na Serra. (Fernando Madeira)

Uma tia de 45 anos de Deusimar Cunha Neves, 18 anos, que foi morto durante uma ação da Polícia Civil no bairro Central Carapina, disse que a família está revoltada com o que aconteceu. O homicídio aconteceu na terça-feira (20) e a morte causou indignação na população do bairro.

A parente do garoto, que preferiu não se identificar, declarou que Deusimar se envolveu 'com coisa errada' mas não foi por falta de conselho dos familiares. "Ele não era um menino de coração ruim. Ele nasceu aqui dentro do bairro, sempre foi muito querido. Cresceu junto com essa juventude que tá aí", explicou.

Ela relatou que soube da morte quando estava com o esposo. "Vi uma multidão na rua, chamei meu esposo e falei com ele: 'Será que machucaram alguém ou mataram?" A tia de Deusimar contou também que a família está revoltada porque a polícia alegou uma versão diferente da que realmente aconteceu. "Eles falaram que o menino foi pra cima deles com arma na mão e não foi. Ele se entregou, ajoelhou e deitou no chão. Ele jogou a arma, não atirou pra cima da polícia. Tanto que a arma dele estava carregada", detalhou.

"A polícia é paga pra manter a paz e a ordem do bairro e pra tentar defender a população como eles não fizeram. Eles alegaram que foi a família do rapaz que atacou a polícia. A família dele sou eu, o pai dele, a mãe dele e o tio dele. A população não é a família dele", falou. A tia do rapaz ainda fez um desabafo. "Eles atiraram com bala de borracha contra a gente, lançaram bomba de gás. Tinha criança de dois anos que foi parar no Hospital Infantil, mulher grávida que tava ali... A gente quer paz", completou.

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Deusimar já tinha sido preso outras vezes e solto no mesmo dia. A tia do jovem confessa que seria melhor se ele tivesse sido mantido na prisão. "Na minha avaliação, ele deveria ter sido mantido preso, porque ele estaria 'guardado', e não estaria morto como está agora. Isso seria uma lição pra ele. Ele teria refletido a mente dele", acrescentou.

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