> >
Central Carapina está sem ônibus e com comércio fechado após confronto

Central Carapina está sem ônibus e com comércio fechado após confronto

Com falta de energia, escolas, comércio e postos de saúde não funcionam, além de não haver circulação normal de ônibus. A PM está no local

Publicado em 21 de fevereiro de 2018 às 13:30

Ícone - Tempo de Leitura 0min de leitura
Moradores de Central Carapina, na Serra, reclamam pela falta de luz após tiros disparados por criminosos contra transformadores. (Kaique Dias)

Depois de um confronto entre bandidos e policiais que terminou com uma morte em Central Carapina, na Serra, nesta terça-feira (20), o clima ainda é de tensão no bairro. Parte do bairro está sem energia. Escolas, postos de saúde e o comércio local estão fechados. Ônibus ficaram sem circular no início da manhã e alguns só voltaram ao bairro com escola policial. A Força Tática e a Companhia Independente de Missões Especiais (Cimesp), da Polícia Militar, permanecem no bairro.

A reportagem do Gazeta Online entrou no bairro, acompanhada pela polícia. No local é possível ver muitos pneus queimados em vários pontos. A PM está fazendo abordagens, com a companhia de missões especiais. 

Assista ao vídeo abaixo: 

A dona de casa Maria do Carmo Furtado Santos, de 42 anos, levava a mãe, dona Lúcia, de 68 anos, para o médico. Ela teve que subir até a BR 101 a pé, porque os ônibus não estavam passando direito. “Desde cedo não está passando ônibus direito no bairro. De manhã já fui à farmácia e agora preciso ir numa consulta na Santa Casa. Passa na rua, mas eu não sabia como estava e subi a pé”, relatou.

Uma moradora que prefere não ser identificada diz que a insegurança é frequente, com muitos tiroteios até durante a madrugada. “Muito desesperador. Todo dia tem tiroteio, geralmente a partir de uma hora da manhã na pracinha. Inclusive na escola. Muitos alunos que estudam na parte de cima não podem estudar lá embaixo porque não deixam”, afirma.

De acordo com o comandante da 1ª Companhia do 6º Batalhão, capitão Maurício Alessandro Pinto, a presença da PM nas ruas do bairro Central Carapina fez com que a população se sentisse mais tranquila, mas a situação ainda não se normalizou. Ele acredita que isso aconteça até esta quinta-feira (22). 

"Hoje está bem mais tranquilo, mas menos que o normal pela falta de circulação de ônibus. Mas as pessoas podem sair de casa normalmente com a nossa presença aqui", garante o capitão.

A falta de luz, de acordo com o capitão Maurício, é por causa dos disparos feitos pelos bandidos contra transformadores durante o confronto, na tarde desta terça (20).

"Equipamentos públicos, escolas e postos de saúde permanecem fechados por causa da falta de energia, que atrapalha a atividade principalmente do posto de saúde, que precisa manter medicamentos conservados. Mas a energia deve ser restabelecida logo", explica o PM.

O capitão afirma que a polícia ficará no bairro o tempo que for necessário para que a situação se normalize e, caso seja necessário, mais reforços serão chamados.

"A gente acha que amanhã (quinta) já deve ser tudo normalizado. Estamos recebendo denúncias sobre os fugitivos e esperamos receber mais pelo Disque-Denúncia 181", informa o militar.

EDP

Os moradores do bairro reclamam sobre a falta de energia na região, que prejudica o comércio e também impossibilitou o funcionamento de escolas e postos de saúde. O presidente da associação de moradores de Central Carapina, Adelécio de Almeida Lopes, disse que o problema estava principalmente nas principais ruas. "São quatro ou cinco vias. Nossa prioridade agora é voltar com a energia", declarou. 

Procurada, a Edp informa que que uma equipe técnica foi enviada ao local na manhã desta quarta-feira (21) para realizar as manutenções necessárias.

PRENDER "AGRESSOR DA SOCIEDADE"

O comandante-geral da Polícia Militar, coronel Nylton Rodrigues, informou que a PM e a Polícia Civil estão trabalhando para prender um "agressor da sociedade", e orienta aos moradores que voltem à rotina. Ele garante, ainda, que a polícia está sempre presente no bairro e agora funciona com reforços até que a situação se normalize.

Este vídeo pode te interessar

"Ontem (20) fomos lá fazer a prisão de um criminoso, um agressor da sociedade. Eu oriento às empresas de ônibus, às escolas e aos postos de saúde que podem voltar a funcionar normalmente. A PM está no bairro para garantir a segurança e a tranquilidade dos moradores de bem, e ficaremos até quando for necessário", reforça o comandante-geral. (Com colaboração de Eduardo Dias e Michelli Angeli)

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais