Depois de ser aprovada pela Câmara dos Deputados, a intervenção federal na Segurança Pública do Rio de Janeiro agora precisa ser aprovada no Senado, o que deve acontecer nesta terça-feira (20). Enquanto o decreto de intervenção não é autorizado, o Espírito Santo já se prepara para proteger a divisa do território capixaba com o Rio e evitar problemas na segurança.
Em entrevista à Rádio CBN Vitória, o secretário de Segurança Pública do Estado, André Garcia, afirmou que já fez o pedido para o Espírito Santo, assim como os outros estados vizinhos, tenha acesso em tempo real a tudo que acontece no Rio de Janeiro.
"Pedimos que nos fosse dado todos os detalhes sobre essa intervenção. Nós propomos um protocolo conjunto entre os estados e a união para as ações na divisa. Estamos trabalhando agora com informações, com serviço de inteligência e, ao mesmo tempo, fixarmos as interlocuções, pessoas e órgãos que servirão como fontes de informações em tempo real", comentou o secretário.
VOLTA DE POLICIAIS RODOVIÁRIOS AO ES
A principal preocupação do Governo do Estado é com a BR 101, principal porta de entrada dos cariocas para o Espírito Santo. Ainda segundo Garcia, o Governo já pediu que os policiais rodoviários federais emprestados ao Rio de Janeiro desde o ano passado retornem ao solo capixaba.
"Desde o ano passado estamos pedindo o retorno desses policiais. Nosso pedido é justamente para que esses policiais (13 a 15 policiais da PRF) retornem para patrulhar justamente a divisa do Espírito Santo com o Rio. Queremos esse retorno para colaborar com o plano de segurança. Isso é necessário para gente estabelecer uma ponta de boqueio permanente, 24 horas, lá na BR", argumentou.
Apesar de toda a precaução adotada pelo Governo, o secretário disse não acreditar que o Espírito Santo sofra com a migração de bandidos e tentou tranquilizar a população.
"Não há nenhum indicio (de migração de bandidos do Rio para o Estado). Acho muito difícil, nesse primeiro momento, que isso aconteça. Migração de criminosos não é algo tão simples quanto se imagina. O sujeito não coloca uma mochila nas costas, um traficante sai do Rio e vem para o Espírito Santo e se estabelece. Primeiro por que tem polícia para enfrentar e tem também gente que atua no mercado criminoso local. Nossa preocupação é de precaução mesmo, tomar conhecimento do que está acontecendo lá e resguardar os interesses do Espírito Santo. Num primeiro momento fazendo ação nas divisas, e propondo uma cooperação mais intensa com os órgãos do Governo Federal e as polícias vizinhas. Estamos com levantamento de inteligência para a questão de distribuição de armas, de drogas. Fundamental agora é um canal com informações em tempo real do que está acontecendo lá para que os Estados vizinhos tenham acesso", assegurou.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta