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Enfermeiro acusado de vender materiais cirúrgicos usados é solto

Enfermeiro acusado de vender materiais cirúrgicos usados é solto

Outros dois empresários detidos e que faziam parte do esquema permanecem presos

Publicado em 22 de fevereiro de 2018 às 20:43

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Gustava Deriz Chagas, Marcos Roberto Khroling e Thiago Waiyn foram presos na operação 'Lama Cirúrgica'. (Sesp | Reprodução)

O enfermeiro Thiago Waiyn, de 35 anos, suspeito de adulterar produtos cirúrgicos e fornecê-los como novos, e preso na Operação Lama Cirúrgica para obter mais lucro em hospitais da Grande Vitória, foi solto na quarta-feira (21). Além dele, foram detidos dois empresários que faziam parte do sistema e permanecem presos.

A operação comandada pelo Núcleo de Repressão às Organizações Criminosas e à Corrupção (Nuroc), aconteceu em Vitória e Serra, e revelou que produtos descartáveis foram reutilizados 2.536 vezes e vendidos a hospital particular da Serra.

De acordo com a polícia, os produtos eram reprocessados ilicitamente e utilizados em procedimentos cirúrgicos na área ortopédica em hospitais privados, causando potencial dano à saúde de usuários e da coletividade. A reutilização de materiais descartáveis é proibida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

O Nuroc chegou até os criminosos depois de receber uma denúncia anônima. Os empresários Gustavo Deriz Chagas e Marcos Roberto Krohling Stein - proprietários da Golden Hospitalar -, e o enfermeiro Thiago Waiyn foram são acusados de lavagem de dinheiro, formação de organização criminosa, estelionato, falsidade ideológica e adulteração de produtos medicinais.

Procurada pela reportagem por telefone, a defesa do enfermeiro não atendeu às ligações.

INVESTIGAÇÕES

As investigações tiveram início em outubro do ano passado, depois que uma operação do Nuroc e da Vigilância Sanitária apreendeu produtos médicos e etiquetas adulteradas. O avanço das apurações revelou adulteração de códigos de registro, número do lote, data de fabricação e validade do produto em produtos e etiquetas apreendidos no Golden Hospitalar e no centro cirúrgico de um hospital da Serra.

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Essa foi a primeira fase da operação. As investigações prometem identificar também a existência de fraude em produtos reprocessados, que são vendidos como novos/originais fossem, em prejuízo de operadoras de plano de saúde e seus beneficiários. O Nuroc ainda investiga a participação de hospitais privados e distribuidoras de produtos para a saúde atuantes em Vitoria, Serra, Cariacica e Vila Velha.

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