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Prefeito do Rio quer catracas e detector de metais em megablocos

Prefeito do Rio quer catracas e detector de metais em megablocos

Também está sendo estudado proibir que blocos passem pela orla da Zona Sul carioca

Publicado em 21 de fevereiro de 2018 às 13:27

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Na mira de um inquérito civil referente ao carnaval deste ano, que tem como alvos o prefeito Marcelo Crivella e o presidente da Riotur, Marcelo Alves, a administração municipal já começa a planejar o reinado de Momo para 2019. E algumas das medidas em estudo prometem causar novas polêmicas. Uma delas é a possibilidade de instalar catracas e detectores de metais no acesso aos chamados megablocos, que atraem milhares de foliões. Em relação a esse tipo de desfile, outra novidade promete render nos próximos meses: eles estão proibidos de passar pela orla da Zona Sul, em Copacabana e no Aterro do Flamengo.

O tema foi debatido por diversos representantes de órgão públicos municipais, na manhã desta terça-feira (20), durante um encontro num hotel em São Conrado, no Rio. Em pauta, um balanço do carnaval recém-terminado, marcado por cenas de violência e vandalismo, e também os preparativos para o próximo ano.

Desfile do bloco de carnaval Cordão do Bola Preta, no Rio de Janeiro. (JOÃO LAET/AGÊNCIA O DIA/ESTADÃO CONTEÚDO)

"A estrutura será triplicada, e o controle do acesso para esses megablocos será permanentemente trabalhado e administrado", assegurou Marcelo Alves, acrescentando: "Com o emprego da catraca, quando der a lotação do espaço não entra mais ninguém. Não pode colocar dez pessoas em um local que cabe uma."

Sobre os locais de passagem dos megablocos, já estão sendo pensadas alternativas para a orla da Zona Sul, Copacabana e Aterro. Além do centro da cidade, que já recebe alguns cortejos de grande porte, foi levantada a hipótese de utilizar um trajeto entre o Maracanã e a Quinta da Boa Vista.

"Foi uma sugestão apresentada, mas não tem nada decidido. Pedi que seja avaliado. Inicialmente, todos acharam muito interessante, pela facilidade de chegada e mobilidade, com as linhas de trem e do metrô. É uma área grandiosa e que está desocupada, com capacidade estimada em quase 300 mil pessoas", disse o presidente da Riotur, sem especificar o ponto exato do local.

Crivella e Alves ainda não foram oficialmente notificados sobre o inquérito aberto pelo Ministério Público do Rio na última sexta-feira. Na ação, a 3ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva de Defesa da Cidadania da capital pede explicações sobre a omissão do prefeito em questões relativas ao carnaval e, no caso da Riotur, sobre as supostas falhas no planejamento da festa.

“É notória a constatação em geral do desapreço do atual prefeito do Rio de Janeiro pelas manifestações culturais de carnaval”, escreveu a promotora Liana Barros, ao iniciar o inquérito.

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No texto, a promotora cita a ida de Crivella ao exterior durante o carnaval, inicialmente divulgada como agenda oficial, o que acabou sendo desmentido pelo próprio prefeito. As viagens dele, que já haviam motivado um outro inquérito no próprio MP-RJ, também viraram alvo, nesta terça-feira, de inspeção extraordinária no Tribunal de Contas do Município (TCM).

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