Pontos de encontro entre amigos, famílias e amores, os bares servem de palco para vários fatos da vista e se tornam locais de muitas recordações. Acabam até virando uma identidade cultural da região.
O historiador e comentarista da Rádio CBN Vitória, Fernando Achiamé, narrou algumas memórias de bares importantes na história da capital capixaba e citou, entre os estabelecimento, o Bar Central, o Britz e o Bar Dominó.
RELATOS DE OUVINTES DA CBN
A ouvinte que se identificou apenas por Solange conta que não frequentou os bares citados pelo historiador, mas que eles foram importantes para a sua família.
O ouvinte Sérgio contou à Rádio CBN Vitória que o pai dele foi dono de um dos primeiros bares da Praia do Canto. "O primeiro bar da Praia do Canto não foi o do Vicente Campello, mas sim do meu pai, Zé Cláudio Grijó. O bar se chamava Michel, o que tinha milkshake. Depois o nome virou Simbá", relatou.
A ouvinte Márcia relata que sua sogra era casada com um dos donos do bar Café Petrópolis. "A minhã sogra trabalhava na padaria Café Petrópolis, fazendo quindins, doces e bolos. E ela contava que era uma maravilha aquela época e que era casada com um dos donos, o José Vieira Gomes", disse Márcia.
A ouvinte Penha Correa descreve como era bom frequentar esses bares de época. "Eu me lembrei muito que o fazia parte da nossa vida era a confeitaria Pinguim. A gente saía da matinê do Glória e ia pra sorveteria Pinguim tomar vaca atolada, que era refrigerante de cola com sorvete", relembrou.
Por fim, o ouvinte Fábio relembra o local que costumava ir quando era jovem. "O nosso bar de reencontro da adolescência, do pessoal que jogava futebol, era o bar Surfistinha, em Domingos Martins. E lá fabricava picolés e sorvetes. A gente tomava muito sorvete com refrigerante de cola, declarou Fábio.
OS BARES QUE MARCARAM ÉPOCA
Bar Central: ficava na Avenida Jerônimo Monteiro, próximo à escadaria do Palácio Anchieta, no Centro da Capital. Esse estabelecimento tinha uma banca de jornal que possibilitava aos fregueses saborear um bebida e ao mesmo tempo ler e se informar sobre o que acontecia no Brasil.
Quiosque Florêncio Coelho: ficava no Centro de Vitória e vendia, além de bebidas, petiscos.
Café Globo: bar que ficava próximo à Praça 8, na Av. Jerônimo Monteiro, Vitória. Foi fundado por dois irmãos de origem espanhola em 1892. Vendia bebidas finas e reunia a classe média para discutir sobre vida social, política e o comércio da cidade.
Bar Dominó: Localizado no Parque Moscoso, em Vitória, o bar Dominó era conhecido por ser palco de tragédia. Na maioria das vezes, os clientes, após beber, se alteravam e arrumavam confusão. Em um dos casos, em 1966, um homem morreu após agredir um garçom que revidou com um tiro. O fato foi anunciado por vários jornais da época.
Bar Sem Porta: ficava em São Torquato, Vila Velha. Famoso por não fechar nunca.
Bar Estraga Lar: ficava na Luciano das Neves, Vila Velha. O próprio nome já conta sua história.
Bar Britz: situado próximo à Praça Ubaldo Ramalhete, no Centro de Vitória. Ponto de encontro entre jornalistas, estudantes e artistas. As pessoas frequentavam o local para discutir os rumos da política nacional. A notícia boa é que esse famoso bar de época pretende ser reaberto, segundo Fernando Achiamé.
Bar do Marçal: Ficava na Rua Aleixo Netto, Praia do Canto, em Vitória. Foi o primeiro a ter sinuca e uma sorveteria dentro.
Café Avenida: localizado na antiga Avenida Capixaba, atual Jerônimo Monteiro, em Vitória. O prédio existe até hoje.
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