Um dia após a reportagem da TV Gazeta registrar a insatisfação de pais com a qualidade do serviço do Hospital Infantil de Vila Velha (Himaba), onde as crianças eram atendidas em cadeiras de plástico, a situação no local, na tarde desta quinta-feira (8), já havia melhorado. Segundo a Secretaria de Estado de Saúde (Sesa), 27 novos leitos foram providenciados. Mas, ainda assim, a situação está longe de ser a ideal.
Natália da Silva Lopes acompanha a filha no Himaba há três dias e três noites. Segundo ela, só a partir da tarde desta quinta-feira (8), o local começou a ser esvaziado e novos equipamentos foram levados para dar mais conforto aos pacientes. Eles começaram a trazer macas e cadeiras. De todos os dias em que estive aqui, esse foi o melhor. Antes, havia umas 50 mães no corredor; agora há sete, oito, conta a dona de casa.
Mas as reclamações ainda são muitas, inclusive sobre o calor, já que até ontem o ar-condicionado estava quebrado. O sobrinho de Natalia Denicolo, de seis anos, teve alta na manhã de ontem. Mas desde segunda-feira, Arthur, que foi diagnosticado com três ínguas na barriga e infecção urinária, precisou dormir em cadeiras de plástico.
Segundo ela, a limpeza também deixava a desejar: O banheiro estava sujo, minha irmã viu baratas. Antes não era assim. Há três anos o Arthur operou os pés lá e a situação era bem diferente.
O presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado, Carlos Magno Dalapicola, afirma que um ofício será encaminhado ao secretário estadual de Saúde, Ricardo de Oliveira, e ao diretor técnico do Himaba pedindo providências. Seriam leitos retaguarda para que as crianças possam receber medicação e serem liberadas ou encaminhadas para internação. A cena de crianças em cadeiras lembra o que vimos no Hospital Infantil de Vitória, que levou à sua transferência para o Hospital da Polícia Militar.
Já o subsecretário estadual de Saúde, Fabiano Marily, explica que, após identificar o aumento da procura pelo hospital em função de um surto de bronqueolite, a Sesa encaminhou 27 novos leitos para o hospital. Desse total, 12 são para atender pacientes que aguardam por exames e resultados, diz.
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