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Maioria dos vereadores não se posicionou sobre PDU de Vitória

Maioria dos vereadores não se posicionou sobre PDU de Vitória

Vereadores ainda se mostram indecisos sobre como vão se posicionar diante de propostas apresentadas pela prefeitura

Publicado em 23 de março de 2018 às 00:31

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Vitória: novo PDU estabelecerá regras para o crescimento da cidade. (Edson Chagas)

O futuro da cidade de Vitória, que passa pelo Plano Diretor Urbano (PDU), está indefinido. A poucos dias da votação do projeto na Câmara do município, prevista para o próximo dia 27, vereadores ainda se mostram indecisos sobre como vão se posicionar diante de propostas apresentadas pela prefeitura.

Alguns temas considerados mais polêmicos, como a instalação do Parque Tecnológico, em Goiabeiras, ou a proteção de visadas (vista de marcos naturais, como o Morro da Gamela, na Reta da Penha), têm poucos parlamentares assumindo suas convicções.

No caso do parque, a prefeitura propõe uso exclusivo para as empresas de tecnologia, enquanto uma emenda parlamentar sugere uso misto para possibilitar a implantação também de residências.

Sobre o assunto, dos 14 vereadores que votam – o presidente Vinícius Simões só se manifesta se houver empate – apenas cinco apresentaram sua posição: dois pelo uso exclusivo, três pelo misto.

“Tenho minha opinião desde o ano passado porque venho acompanhando a discussão sobre o tema. E entendo que o ideal é o uso exclusivo. Ali (região de Goiabeiras) já é uma área pequena para o Parque Tecnológico e não vi nenhum fato novo que justificasse ser de uso misto”, opina Mazinho dos Anjos.

A posição também é defendida por Neuzinha. “Eu voto considerando que Vitória precisa avançar; aqui é uma Capital, e não província. O Parque Tecnológico é importante e penso que tem que ser uso exclusivo.”

Por outro lado, Denninho Silva sustenta que a comunidade da região de Goiabeiras não quer que a área seja destinada apenas para as empresas de tecnologia porque está preocupada com a possibilidade de afetar a mobilidade, já que os trabalhadores teriam que se deslocar de outros bairros para lá, uma vez que não haveria espaço para novas moradias.

“Além disso, a região poderia se tornar uma cidade fantasma. A gente vê outros lugares da cidade onde tem muito prédio público e nada de residência: a região vira uma cracolândia”, observa.

Davi Esmael, que também é a favor do uso misto, ressalta que a prioridade ainda seria para o tecnológico. “Haveria uma redução de 9% na área geográfica, mas sem perdas no potencial construtivo.”

Sandro Parrini ratifica: “Quero deixar bem claro que sou a favor do parque, mas com uso misto.”

PROPOSTAS POLÊMICAS

PARQUE TECNOLÓGICO

Melhor uso

O projeto da prefeitura prevê que a Zona do Parque Tecnológico (ZPT) seja para implantação de “atividades não residenciais de inovação tecnológica e economia criativa”. Isso significa dizer que a área onde se pretende instalar o parque, na região de Goiabeiras, deve ser de uso exclusivo das empresas de tecnologia. Na Câmara, porém, foi apresentada uma emenda para que no local também possam ser construídas unidades habitacionais, ou seja, liberar o uso misto.

PRESERVAÇÃO DA PAISAGEM

 

Visadas

A prefeitura propõe um plano que limita construções que possam impedir a visão de alguns marcos naturais. Pelo menos sobre três deles – Morro da Gamela, próximo à Reta da Penha; Morro da Guajuru (Cruzeiro), na Praia do Canto, e o Itapenambi, em Santa Lúcia – a discussão tem sido mais intensa porque ficam em regiões onde ainda há expectativa de crescimento imobiliário. Alguns vereadores querem retirar essa limitação e propõem a preservação de outra maneira.

REMEMBRAMENTO

 

Limites

Pela proposta da prefeitura, não será admitido fazer o remembramento (junção) de lotes que totalizem área superior a 250 metros quadrados na Zona Especial de Interesse Social 1, que não é especificada, mas, segundo a proposta, é caracterizada, entre outros aspectos, por áreas com carência de infraestrutura e serviços públicos. A exceção só será adotada quando o remembramento visar à implantação de equipamentos públicos comunitários, como escola e posto de saúde. Para alguns parlamentares, impedir o remembramento é limitar o desenvolvimento da região.

SERAFIM DERENZI

Ampliação

A Prefeitura de Vitória pretende duplicar a rodovia, um dos principais eixos viários do município. Contudo, para realizar a intervenção, proprietários de imóveis à margem da via precisariam recuar parte de seus terrenos.

Vereadores discordam dessa proposta porque acreditam que a comunidade possa ser prejudicada.

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