Mais de 100 pescadores de camarão da Praia do Suá, em Vitória, que tiveram a atividade prejudicada em decorrência dos dejetos da lama da Samarco no litoral do Estado, interditaram a Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM), na região de Carapina, na Serra, onde fizeram um protesto na manhã desta terça-feira (13). Eles afirmam não terem sido indenizados depois da tragédia.
De acordo com o representante do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) Heider Boza, a paralisação faz parte de uma jornada nacional pelo reconhecimento dos moradores e, todo ano, dia 14 de março, é considerado o dia de luta contra barragens e empresas mineradoras.
"Nós estamos esperando para ver se abrimos uma negociação com as empresas, com a Renova, que é quem faz as intermediações, e também com o Governo do Estado", informa Heider.
O movimento foi antecipado pela busca de reconhecimento e também pela vazão de mineroduto que aconteceu nesta segunda-feira (12), em Minas Gerais, e que, apesar de ainda não ter atingido o Rio Doce, ocorreu nos afluentes, o que, de acordo com Heider, pode chegar em oito ou 10 dias.
O protesto foi encerrado no início da tarde desta terça após a chegada de um representante da Vale, que recebeu a pauta com as reivindicações dos manifestantes. Segundo Heider Boza, ficou acordado de que haverá uma reunião nesta quinta-feira (15), às 14h, em Linhares, local ainda a definir, onde as demais categorias prejudicadas pelos dejetos da lama também estarão presentes, além da Defensoria Pública Estadual e da União.
VALE
A Vale, por meio de nota, informa que nesta terça-feira, dia 13 de março, um grupo de manifestantes ocupou a Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM) na região de Carapina (ES), impactando o tráfego ferroviário de cargas. A Vale esclarece que as reivindicações dos manifestantes não têm relação com as operações da Vale ou da Estrada de Ferro Vitória a Minas.
Também na nota, a Vale reitera o seu compromisso com a segurança das suas operações e das comunidades nas quais está presente.
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