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Superlotação fecha maternidade do Hucam em Vitória

Superlotação fecha maternidade do Hucam em Vitória

O local possui 20 leitos, mas está abrigando 34 pacientes. O motivos seriam fechamento de outras maternidades da Grande Vitória

Publicado em 14 de março de 2018 às 21:44

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Hucam fecha maternidade por causa de superlotação. (Internauta | Gazeta Online )

A maternidade do Hospital Universitário Cassiano Antônio Moraes (Hucam), em Vitória, está fechada desde a manhã desta quarta-feira (14) por causa da superlotação. Um espaço com 20 leitos abrigava 34 grávidas.

A TV Gazeta esteve no local e registrou que todas as enfermarias estão superlotadas. Cada uma delas tem capacidade para três pacientes, mas havia cinco. Há também paciente no corredor. Uma estava no corredor do pré-parto desde a última segunda-feira.

O hospital teve que improvisar uma enfermaria em uma sala pré-parto. No local, que é pequeno, o adequado seria receber uma paciente, mas havia duas.

Além disso, segundo informou a assessoria de comunicação do Hucam, há pacientes internadas em outros setores do hospital, como o de nefrologia e de cirurgia geral.

As mães que já estavam internadas no Hucam não quiseram gravar entrevista, mas aceitaram conversar com a reportagem da TV Gazeta. “Disseram que estão muito tristes com essa situação. E também disseram que tiveram dificuldade de atendimento em outras maternidades, não foram recebidas, e por isso vieram para cá”, narrou a repórter Daniela Carla em matéria da TV Gazeta.

Segundo a assessoria de imprensa do Hucam, o fechamento de maternidades de outros hospitais da Grande Vitória levou à superlotação da maternidade do local.

(TV Gazeta)

A dona de casa Angélica dos Santos Silva, grávida de 42 semanas, confirmou que passou por outras unidades. Ela ficou uma hora esperando atendimento no Hucam. Numa fala nervosa e com voz trêmula por causa da situação, ela relatou como se sentia. “Tô com muita dor de cabeça, enjoo, sentindo muita dor, perdendo os líquidos. Sangra… Com medo da minha filha morrer.”

E completou: “A médica me deu encaminhamento pra internar, pra fazer a cesárea. Mas eles não querem fazer a cesárea porque eu já tive filho normal. E quando chega hoje não querem atender. Só de chegar aqui, eles falaram que está superlotado, que não podem me pôr lá pra cima. Já passei pelo Jayme, Santa Casa, Pró-matre e ele só mandam pra aqui. Tô mal.”

Sobre o caso de Angélica, a Secretaria de Estado de Saúde (Sesa) informou que o Hospital Dr. Jayme dos Santos Neves, na Serra, está funcionando normalmente. Disse que a maternidade do Jayme é de alto risco e que por isso as mães são encaminhadas para outros hospitais quando os médicos não constatam riscos.

A Santa Casa informou que não faz partos e que encaminha as pacientes para a Pró-Matre. Na Pró-Matre, a informação é de que a Angélica não passou por lá.

Por fim, ela foi atendida no próprio Hucam, conforme informou sua amiga.

(TV Gazeta)

Procurada para explicar sobre a alta demanda de encaminhamentos ao Hucam e a situação de outras unidades públicas, a Sesa informou que as maternidades dos hospitais administrados pelo Estado estão funcionando normalmente.

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