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'A gente não consegue uma explicação lógica', diz sobrinha de médica

"A gente não consegue uma explicação lógica", diz sobrinha de médica

Em entrevista ao Gazeta Online, a sobrinha da médica, Raiza Colodetti, que veio de São Paulo para acompanhar as buscas, conta o que a família sabe sobre o caso

Publicado em 12 de abril de 2018 às 15:41

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O mistério sobre o desaparecimento da médica Jaqueline Colodetti continua. Desde a tarde do dia 03 de abril, amigos e familiares não viram mais a cardiologista. A esperança de que ela seja encontrada com vida vem de informações de pessoas, como um caminhoneiro que diz ter dado carona a uma mulher com as características da médica de Planalto para Poções, na Bahia.

A notícia chegou na última segunda-feira (09) e, desde então, as buscas se estenderam aos municípios baianos e a outros Estados da Região Nordeste. Por meio de redes sociais, a procura por Jaqueline já se estende por todo o país. Mas, até agora, nenhum dado novo surgiu.

O Gazeta Online conversou com uma sobrinha da médica, a cardiologista Raiza Colodetti, que veio de São Paulo para acompanhar as buscas. A jovem contou alguns detalhes sobre o caso, que ganhou grande repercussão nos últimos dias. Veja a entrevista.

Como estão as buscas?

Familiares estão na Bahia. Atualmente, estão perto de Poções, Planalto e Feira de Santana, tentando identificar alguma imagem e conversar com as pessoas. Quem ficou aqui está focando em divulgar para outras regiões, porque o deslocamento dela pode ser maior do que a gente imagina.

Quantas pessoas estão na Bahia?

Estavam em sete pessoas na Bahia. De hoje para amanhã, alguém deve voltar. Estão focando em divulgar para as pessoas, distribuindo panfletos para a população local. A gente daqui está tentando entrar em contato com assistente social e hospitais dessas cidades, porque ela pode ter procurado alguma assistência médica ou ter sido levada por alguém.

As buscas se estendem por quais Estados?

Principalmente na Bahia. Mas pensamos em todas as possibilidades. O Nordeste todo, Centro-Oeste, todas as regiões.

Até no Sul?

No Sul, estamos divulgando com conhecidos pelas redes sociais e para que as autoridades, como Polícia Rodoviária Federal e Polícia Civil, estejam cientes do caso. A procura por assistente social é mais focada no Nordeste e no Sudeste.

Depois da carona, vocês tiveram alguma novidade?

Informação que a gente conseguiu dar uma averiguada e ter uma confiança de que fosse ela, não.

Já são vários dias de buscas. Como a família está fazendo?

A maior parte da família está em função disso. Só quem não consegue deixar o trabalho que está tentando levar a vida. Mas a maior parte está focada 24 horas nisso.

A Jaqueline tem quantos irmãos?

Eles eram em oito, já tem três falecidos. Com ela agora são cinco.

O que vocês sabem sobre o bilhete que foi encontrado no carro dela? Era da Jaqueline?

Que eu saiba, a perícia ainda não falou qual foi a conclusão. A única coisa que a gente sabe é que eram palavras desencontradas. Eu não tive acesso ao bilhete. Logo que pegaram o carro, ficou com a polícia.

Um caseiro a viu dentro do carro. O que ele viu?

Ele viu o carro dela estacionado em frente a essa chácara. Ele diz que ela ficou aproximadamente duas horas parada no carro. Mas também não deu muito detalhe, até porque ela estava dentro do carro. Em seguida, estacionou o carro depois da chácara, mas na mesma rua. Mas por que desviou o caminho e foi parar lá não tenho a mínima ideia. A gente não consegue uma explicação lógica, por que aconteceu isso tudo.

A Jaqueline estava passando por algum problema que pudesse causar o desaparecimento?

Ela sempre foi uma familiar responsável, que tomou a frente de tudo na família, é super pé no chão. Não teve nada neste ano que a gente achasse que pudesse ter ocasionado esse estresse maior. A família toda tem muito contato. Moro em São Paulo. Eu vim por conta das buscas. Sempre venho, todo mês. Ela, quando ia para São Paulo, ficava na minha casa. A família toda tem muito contato.

Depois de todos esses dias de buscas, como vocês estão?

Nesse momento, nosso foco é encontrá-la. Como ela vai estar, como vai estar a cabeça, a gente não está nem focando. O foco é realmente encontrá-la.

Ela poderia ter visto algo no celular que desencadeasse o desaparecimento?

Vasculharam o celular inteiro. Só tinha mensagem normal. Não tinha nada diferente. Ela saiu do carro apenas com a roupa do corpo.

A Jaqueline é mãe de três filhos. Como eles estão?

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Como eles são os mais novos da família, os estamos poupando o máximo possível, tentando manter uma rotina na medida do possível.

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