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Denúncias falsas atrapalham investigação de sumiço de médica

Denúncias falsas atrapalham investigação de sumiço de médica

Jaqueline Colodetti desapareceu há uma semana na 262 e teria sido levada para a Bahia

Publicado em 11 de abril de 2018 às 01:36

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Raíza e Bárbara Colodetti tentam refazer os possíveis trajetos da tia . (Reprodução | TV Gazeta)

Há uma semana, a família da médica Jaqueline da Penha Colodetti, de 50 anos, está focada em um só objetivo: localizá-la. Ela está desaparecida desde o dia 3 de abril, há uma semana. Encontrá-la também é o objetivo da polícia, que tem trabalhado com buscas intensas. Porém, muita informação falsa vem atrapalhando as investigações.

Segundo o delegado José Lopes, titular da delegacia de Pessoas Desaparecidas (DPD), qualquer informação que chega é checada. De acordo com ele, tanto tempo quanto efetivo policial são gastos para apurar dados que são repassados. “Por exemplo, havia a informação de que ela estava em um supermercado na Bahia. Solicitamos ajuda de uma equipe policial local para ir verificar e não era a Jaqueline. Tanto nós quando a família temos esperança em encontrá-la bem”, contou o delegado.

Raíza Colodetti, sobrinha de Jaqueline, contou que a família tem recebido muitas informações desencontradas. “Houve um áudio que circulou nas redes sociais dizendo que ela estava sob custódia de uma delegada em Vitória da Conquista, mas era mentira. Falaram até que viram ela em Copacabana, no Rio, mas não conseguimos confirmar.”

José Lopes disse que a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e as Polícias Civil e Militar dos Estados do Nordeste e de Minas Gerais foram comunicadas e estão colaborando na procura intensa pela médica. “Ligamos para vários delegados informando o fato e todos nos deram retorno positivo de colaboração nessas buscas”, detalhou o delegado.

CARRO

Jaqueline saiu de casa em Campo Grande, Cariacica, por volta das 8h30 da terça-feira da semana passada, e seguiu dirigindo o próprio carro, um Kia Sportage branco, para a região Serrana, onde trabalha.

Somente no fim da tarde daquele dia a família começou a procurar por Jaqueline, depois que a Polícia Rodoviária Federal (PRF) foi informada de que um carro havia sido localizado abandonado próximo à ponte do Rio Jucu, em Viana. O veículo estava fechado e com os pertences da médica.

Inicialmente, equipes do Corpo de Bombeiros patrulharam o rio e as áreas de mata ao redor do local onde o carro foi encontrado, por quatro dias. No domingo, um caminhoneiro entrou em contato com a família e afirmou ter levado Jaqueline de carona da cidade de Planalto até Poções, na Bahia, no último sábado. Familiares de Jaqueline foram para Salvador de avião e alugaram um carro para realizar buscas no Estado. “Estamos tentando expandir não só para o Nordeste, mas também para o Norte do país”, disse Raíza.

FAMÍLIA TEM ESPERANÇA DE ENCONTRO

Cada telefonema com informações sobre o paradeiro da médica Jaqueline Colodetti faz com que a esperança da família seja renovada. A notícia de que a médica pegou uma carona até Poções, na região Centro Sul da Bahia foi a última que os familiares puderam confiar.

“Se ela pegou uma carona, significa que ela está conseguindo se virar, está comendo, bebendo, dormindo, enfim, fazendo o que tem que ser feito para sobreviver”, disse a sobrinha de Jaqueline, Raíza Colodetti.

Diferente da situação do caminhoneiro, que deu carona à médica no sábado e só procurou a polícia na noite do domingo, já que foi naquele momento que ficou sabendo do desaparecimento, agora os familiares estão espalhando a informação do sumiço em todo o país.

“Nós queremos que a informação chegue primeiro do que a minha tia. Assim, quando alguém encontrá-la já vai reconhecê-la por já ter visto a foto dela.”

DRAMA

A sobrinha da médica, Raíza Colodetti, pede que a população ajude no compartilhamento de informações sobre a cardiologista Jaqueline Colodetti.

Como a família está lidando com o desaparecimento?

Cada ligação é uma esperança nova, mas estamos com os pés no chão. Recebemos muita informação desencontrada ou então que não era verdade. Nem digo que seja má-fé, mas as pessoas recebem a informação e repassam sem checar.

Sua tia tinha algum comportamento estranho?

Não. Ela atendeu os pacientes normalmente no dia que sumiu, ninguém relatou que ela estava cabisbaixa. A polícia viu o celular dela e não tinha nada. Ela saiu só com a roupa do corpo porque documentos e cartões ficaram no carro.

Você gostaria de fazer algum pedido para as pessoas?

Pedimos que as pessoas compartilhem as informações. Se alguém deu carona para ela aqui no Estado ou na Bahia nos procure, não estamos aqui para julgar ninguém. Podem ligar no Disque-Denúncia 181, que o sigilo e o anonimato são garantidos.

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