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Erosão, insegurança e ratos afastam visitantes da Curva da Jurema

Erosão, insegurança e ratos afastam visitantes da Curva da Jurema

Em alguns pontos a faixa de areia desapareceu, tem até quiosqueiro colocando sacos de areia para tentar amenizar a situação

Publicado em 20 de abril de 2018 às 23:56

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Sacos de areia foram colocados na Curva da Jurema para tentar conter o avanço da água . (Vitor Jubini | GZ)

Um dos cartões-postais mais conhecidos de Vitória, a Curva da Jurema tem sofrido com a insegurança e falta de estrutura. A erosão, o aparecimento de insetos, ratos e o número crescente de ambulantes e pessoas em situação de rua fazem parte das reclamações da Associação de Comerciantes da Curva da Jurema que foram encaminhadas, através de um documento, à Prefeitura Municipal de Vitória.

Para o presidente da associação, Paulo Linhares Ayres, a erosão marítima é vista como o principal problema do local, pois há risco de queda de estrutura de alguns quiosques. Em alguns pontos a faixa de areia desapareceu, tem até quiosqueiro colocando sacos de areia para tentar amenizar a situação.

Ele alega que isso tem diminuído o número de turistas que passam por lá. “É necessário fazer a recomposição da faixa de areia porque os donos de quiosques estão perdendo área de atuação. A falta de espaço afeta diretamente na redução do número de clientes”, explica.

PREOCUPAÇÃO

O avanço do mar preocupa os comerciantes, principalmente os que ficam nos últimos quiosques, como no ponto de Sônia da Silva Bastos. Ela mostra uma pilha de placas que se soltaram com o avanço da água. Ela teme que a estrutura fique comprometida.

Sônia Bastos acredita que o avanço da água tem diminuído o número de clientes no quiosque da Curva da Jurema. (Vitor Jubini | GZ)

"O maior problema hoje é a erosão e tem que ser resolvido o mais rápido possível, há 10 anos nada é feito. A água está tomando conta dos quiosques. Outro dia cheguei e as mesas e os sombreiros estavam virados devido a maré alta. Daqui a pouco os cliente vão sentar onde?”, questiona.

Ela acredita que o avanço da água tem diminuído o número de clientes. “A minha clientela é mais família, muita gente de idade. Um senhor de idade quer dar um mergulho e não pode, uma criança não consegue brincar na areia”, disse.

Quem também reclama do avanço da erosão é outro quiosqueiro, Renee Lauret Cosme. Ele colocou sacos de areia em frente ao quiosque para tentar conter a água que já está se aproximando das mesas.

“Há duas semanas colocamos 30 sacos, que tem ajudado. Não é o ideal, mas foi a forma que encontramos até que alguma providência seja tomada. A intenção é colocar mais sacos”, diz.

O presidente da Associação alega que há descaso da Prefeitura de Vitória. Ele conta que em fevereiro houve uma reunião com um representante da administração municipal e um documento com as reivindicações foi encaminhado em março para o executivo, mas nada foi solucionado.

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“Nos últimos anos, tem-se percebido a ausência da administração pública na manutenção da infraestrutura da orla. Sabemos que o cenário econômico não é do mais favorável, mas aguardamos por alguma medida efetiva da administração pública para solucionarmos esses problemas”, afirma.

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