O dia da padroeira foi marcado por muita fé e devoção por parte dos fiéis que foram à Festa da Penha. Segundo a organização do evento, a estimativa é que durante os nove dias a festa tenha recebido cerca de 1,2 milhão de pessoas.
Somente na missa de encerramento foram 90 mil. Os fiéis enfrentaram um calor intenso. Muitos levaram sombrinhas para tentar se esconder do sol. Alguns também estavam com cadeiras e cangas para participar das duas horas da celebração. A missa começou às 16 horas.
Os romeiros chegaram de diversas cidades do Estado. Eles foram em família, com amigos e em grupos formados pelas comunidades. Os fiéis aproveitaram a oportunidade para agradecer e pedir proteção a Nossa Senhora da Penha.
José Maria Rebuzzi, de 72 anos, é de Vila Velha e participa há 62 anos do evento. Ele relembra que quando menino saia de João Neiva de caminhão e demorava 24 horas para chegar.
"Eu sou católico e gosto de participar da festa todos os anos. Foram muitas graças alcançadas durante os anos. Eu acredito que venci na vida", comenta ao lado da esposa Regina Rebuzzi, de 69 anos.
O Grupo de Jovens Resgate, da Comunidade de Santa Ana, em Cariacica, organizou um ônibus. No total, 48 pessoas fizeram questão de assistir à missa de perto. Viemos devido à fé e a tradição, disse o autônomo Maike da Costa, 23 anos, um dos membros do grupo.
SAÍDA
O arcebispo de Vitória, Dom Luiz Mancilha Vilela, voltou a afirmar que esta foi a última Festa da Penha de que participa como líder da Igreja Católica no Espírito Santo. Ele completou 75 anos, e devido a idade, enviou uma carta de renúncia ao Papa Francisco e aguarda retorno.
Durante a homília ele falou sobre a violência e a dor das mães que perdem seus filhos assassinados. Quantas mães sofrem porque seus filhos foram assassinados em nossa sociedade capixaba e brasileira. Há poucos dias tive um momento com a mãe de dois filhos assassinados em Vitória. Confesso que fiquei com o coração partido de compaixão com aquela mãezinha que, como tantas outras, vivem as mesmas tragédias, disse.
Dom Luiz também relembrou na celebração os bispos que já passaram pelo Estado nos 60 anos da Arquidiocese de Vitória. A celebração também marcou a despedida de Dom Rubens Sevilha, bispo auxiliar de Vitória que vai assumir a diocese de Bauru, em São Paulo.
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