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'Hilário quer dar todos os esclarecimentos possíveis', diz advogado

"Hilário quer dar todos os esclarecimentos possíveis", diz advogado

O policial civil chegou à 1ª Vara Criminal de Vitória às 9h05, onde será ouvido pelo juiz Marcos Pereira Sanches

Publicado em 25 de abril de 2018 às 12:49

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Hilário Frasson chegou na manhã desta quarta-feira na 1ª Vara Criminal de Vitória para ser interrogado. (Caíque Verli)

O policial civil Hilário Frasson será interrogado pela primeira vez, nesta quarta-feira (25), sobre o crime que terminou com o assassinato da médica Milena Gotardi, ocorrido em setembro de 2017. O ex-marido da médica chegou à 1ª Vara Criminal de Vitória às 9h05, onde será ouvido pelo juiz Marcos Pereira Sanches. A expectativa do advogado de Hilário, Leonardo Gagno, é de que o policial responda a todas as perguntas.

Leonardo Gagno garantiu que Hilário vai falar e colaborar com a Justiça. Até agora, o policial civil havia participado das audiências sobre o caso apenas como ouvinte. A defesa sustenta a tese de que Hilário não participou da morte da mulher, mas já vê como certa, por conta da repercussão do caso, a existência do juri popular.

"Passei a tarde no presídio com ele ontem (terça), nós estudamos o caso. Ele está muito ansioso, queria que isso já tivesse acontecido. Ele quer dar todos os esclarecimentos possíveis, quer contribuir para a Justiça, para elucidação dos fatos. O Hilário vai responder todas as perguntas. A expectativa é de que fique bem claro, bem translúcido de que o Hilário não participou de nenhum plano de tirar a vida da Milena. Pela repercussão do caso, nós temos absoluta certeza de que eles vão à juri popular. O caso vai ser decidido pelos cidadãos de Vitória", afirmou o advogado Leonardo Gagno.

Além de Hilário, uma testemunha de defesa também será ouvida nesta quarta-feira (25). Esperidião Frasson, Valcir Silva Dias e Hermenegildo Palaoro Filho, acusados de participação no crime, também serão interrogados.

Para o promotor Jerson Ramos, não há dúvidas da participação de Hilário no crime e o caso não deve escapar do juri popular. A expectativa da promotoria é de que a primeira fase do processo se encerre nesta quarta.

"Nós esperamos que essa fase da instrução se encerre hoje, que sejam todos ouvidos. O processo do homicídio tem dupla fase, a fase inicial de instrução e depois o julgamento. O Hilário depôs até hoje só na polícia, dessa vez ele vai depor em juízo, se ele quiser. A constituição garante a ele o direito de ficar calado. As provas são incontestes, tanto que ele (Hilário) está denunciado como um dos mandantes. Ele pode falar o que ele quiser, mas as provas apontam para ele. Muito raro o réu confessar, as provas que convencem os julgadores que ele tem participação no crime. O juri popular tem que acontecer, não há outra forma", explicou o promotor.

Após a conclusão da fase de instrução, o juiz Marcos Pereira Sanches dará um prazo de cinco dias para alegações finais do Ministério Público. Na sequência, será a vez da defesa ter também um prazo de cinco dias para as alegações finais. Só depois o juiz decidirá se os réus vão à Juri Popular.

Com informações de Caíque Verli

CRIME

A médica Milena foi baleada com um tiro na cabeça no estacionamento do Hucam, em Maruípe, quando saía do trabalho, em 14 de setembro do ano passado. No dia seguinte teve a morte declarada. Os acusados pelo crime foram denunciados pelo Ministério Público Estadual, que pediu a prisão temporária deles. O Juizado da 1ª Vara Criminal aceitou a denúncia e manteve os réus presos.

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Em janeiro deste ano começaram a ser realizadas as audiências de instrução, onde as testemunhas de defesa de todas as partes, assim como os réus, começaram a ser ouvidos. Faltam apenas o relato dos últimos quatro réus e de algumas testemunhas de defesa e acusação, agora agendados.

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